Associação apresenta trabalho em prol da preservação ambiental
FOTO: Solon Soares/Agência AL
Defender, preservar e recuperar o meio ambiente e os valores culturais, buscando a sustentabilidade e a melhoria da qualidade de vida na Mata Atlântica. Essa é a principal missão da Associação de Preservação do Meio Ambiente e da Vida (Apremavi), uma organização da sociedade civil de interesse público, sem fins lucrativos, criada em 9 de julho de 1987, em Santa Catarina.
Por iniciativa do deputado Marquito (Psol), a ativista ambiental e bióloga Caroline Schäffer, representante da associação, apresentou, durante suspensão da sessão da manhã desta quinta-feira (27) da Alesc, o trabalho desenvolvido pela organização em prol da sustentabilidade ambiental no Sul do país e, de quebra, contextualizou a respeito do projeto Conservador das Araucárias.
“Estamos na década da restauração ambiental e temos até 2030, segundo a ONU, para deflagrar as transformações ambientais”, observou o deputado, ao ressaltar a importância da atuação da Apremavi. “Santa Catarina tem desde a década de 80 uma organização de ponta que luta pela sustentabilidade ambiental. Não é ser alarmista, mas estamos vivendo cada vez mais eventos extremos climáticos, por isso temos que avançar cada vez mais”, observou.
10 milhões de árvores
Com sede em Atalanta, a Apremavi tem a capacidade de produzir cerca de um milhão de mudas por ano de mais de 200 diferentes espécies nativas da Mata Atlântica. “Desde 1987 a Apremavi já plantou mais de 10 milhões de árvores", informou Caroline.
Ao mesmo tempo em que se mantém ativa frente às catástrofes socioambientais em curso, a Apremavi mostra que existem maneiras de proteger e utilizar os recursos naturais de forma sustentável. “Ao longo de sua trajetória, a instituição mobilizou grande esforço pelo aprimoramento das políticas públicas ambientais, pela criação de unidades de conservação públicas e particulares, em ações de capacitação e educação ambiental, além de atuar diariamente na restauração e recuperação de áreas degradadas”, informou.
A Apremavi conta hoje com mais de 40 profissionais remunerados e voluntários trabalhando em projetos vinculados a seis áreas temáticas, em Santa Catarina e no Paraná.
Araucárias
Caroline destacou que uma das ações da instituição é o desenvolvimento do Projeto Conservador das Araucárias. “É uma parceria entre a Tetra Pak e a Apremavi, que visa à restauração florestal com espécies nativas, atrelada à captura de carbono para mitigação das mudanças climáticas, a adequação de propriedades rurais à legislação ambiental e a conservação de mananciais hídricos, do solo e da biodiversidade, bem como a melhoria da qualidade de vida da população inserida no território”, definiu.
O projeto foi implementado na Mata Atlântica, especialmente na região da floresta com araucárias, transição e contato, estendendo-se por três estados brasileiros – Santa Catarina, Paraná e São Paulo. “O território abriga 107 unidades de conservação, 23 quilombos, 47 terras indígenas e 220 assentamentos de reforma agrária. Fazem parte do projeto propriedades rurais que manifestam interesse e visão compartilhada com a iniciativa”, observou.
O deputado Marquito agradeceu a Apremavi pelo trabalho desenvolvido em defesa do meio ambiente. “Agradecemos a toda família Apremavi por toda essa atuação pela sustentabilidade ambiental de nosso Estado”, destacou, observando que a ação da entidade foi responsável pela restauração de 7 mil hectares de Mata Atlântica em Santa Catarina.
Agência AL