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26/06/2013 - 18h12min

Assinado protocolo de intenções sobre destinação de resíduos urbanos

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Sessão Ordinária - Plenário Osni Régis. Foto: Lucas Gabriel Diniz

A interrupção da sessão ordinária desta quarta-feira (26) foi destinada a assinatura do protocolo de intenções entre a Assembleia Legislativa de Santa Catarina e as universidades envolvidas em projetos e pesquisas de resíduos urbanos e programas de reciclagem. A iniciativa é fruto da missão oficial à Escandinávia, promovida recentemente pelo Parlamento, onde parlamentares puderam conhecer de perto algumas soluções encontradas pela cidade de Boras, na Suécia: programas eficazes na destinação de resíduos que levaram a cidade a reciclar 99% de todo o lixo que produz.

Líder da comitiva catarinense, que participou da visita a Boras, o deputado Mauro de Nadal (PMDB) destacou que na prática o protocolo vai permitir utilizar o conhecimento estudado e experimentado pela Universidade de Boras em conjunto com os projetos que deverão ser implementados em Santa Catarina, através de estudos que serão capitaneados pelo Parlamento conjuntamente com a Universidade de Boras e as universidades Celer, de Xaxim, e Unibave, de Orleans, envolvidas na iniciativa. “Esse termo proporciona aproximar os conceitos, além de estudar o estado catarinense para futuramente ser aplicado aqui o modelo que já deu certo em Boras”, frisou.

Em sua manifestação, Nadal afirmou que o Legislativo terá um papel amplo que servirá de estimulo, permitindo uma parceria com as instituições fazendo com que os projetos não fiquem apenas no papel, mas oportunizando que o povo catarinense vislumbre os efeitos benéficos do projeto ao meio ambiente.

Membro da comitiva, o deputado Romildo Titon (PMDB), vice-presidente da Assembleia Legislativa, salientou que o ato representa um grande avanço no que diz respeito do aproveitamento do lixo de forma consciente. “Além de alertar a população, a iniciativa faz com que as legislações feitas no Parlamento, como a adequação do código ambiental de Santa Catariana, possa contrastar algumas iniciativas que possam ser tomadas para o futuro”, observou.

Durante a sessão, a convite do Parlamento, o professor da Universidade de Boras, entidade que presta consultoria internacional em gerenciamento de lixo urbano, Ramon Garrote, destacou a importância dos projetos de destinação de resíduos, reforçando que o comprometimento da população é essencial para fazer funcionar os programas de reciclagem. "Apesar de cada estado ter uma realidade diferente da outra, o modelo instalado em Boras pode ajudar os catarinenses. A sociedade precisa ser protagonista nesse tipo de iniciativa", revela.

Segundo Garrote, o protagonismo dos cidadãos de Boras está presente em várias iniciativas. Em vários supermercados é possível encontrar moradores fazendo uso de máquinas especiais para devolução de latinhas e garrafas vazias. Nesse programa, o usuário paga uma taxa pela embalagem do produto. Depois de consumi-lo, deposita o material numa máquina coletora e recebe de volta o valor investido. A cada ano, 14 mil toneladas de latas e 19 mil toneladas de PET são recicladas.

Em sua explanação, Garrote disse que os moradores participam ativamente da coleta seletiva de lixo. A maior parte dos resíduos gerados pela população é reciclada, tratada biologicamente ou transformada em energia, principalmente pelo processo de combustão. O material resultante abastece casas, estabelecimentos comerciais e a frota de ônibus que integra o transporte público. O processo também ganhou outra finalidade: esquentar a água que abastece residências e estabelecimentos comerciais da cidade. Sob as ruas, encanamentos especiais levam a água quente, cuja temperatura chega a 62 graus Celsius. O cidadão paga somente pelo que usa, e o excedente retorna para a rede.

O professor detalha que são os próprios moradores que levam o que não usam mais, e o movimento de carros trazendo material reciclável é incessante. Adultos e crianças colocam materiais como lixo eletrônico, restos de papel e móveis velhos em grandes containeres. Braços mecânicos esmagam o que pode ser esmagado. Toneladas de resíduos são recolhidos a cada semana, e depois encaminhados para empresas de reciclagem.

Tatiani Magalhães
Sala de Imprensa

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