Assembleia produz cartilha com dicas de relacionamento com deficientes

O Poder Legislativo produziu uma cartilha com dicas de relacionamento com as pessoas com deficiência. O material, que será distribuído aos servidores da Casa no dia 28 de agosto, por ocasião da Semana Estadual da Pessoa com Deficiência Intelectual e Múltipla, objetiva auxiliar no convívio com os estagiários com deficiência que serão contratados no âmbito do Programa Alesc Inclusiva.

De acordo com Janice Krasniak, assessora da Comissão de Defesa das Pessoas com Deficiência e integrante da Comissão Interinstitucional do Programa Alesc Inclusiva, a cartilha contém dicas gerais e específicas acerca de cada deficiência e algumas orientações para melhorar a convivência. “São dicas simples e práticas, para o dia-a-dia”, explicou.

A cartilha, entre outras dicas, recomenda tratar a pessoa com deficiência com bom senso, naturalidade e conforme a idade. “Se é adulto, tem de ser tratado como adulto”, informou Janice. Além disso, ensina que os termos “cego” e “surdo” podem ser utilizados e incentiva os servidores a não ter receio de fazer ou dizer alguma coisa errada. “Aja com naturalidade e tudo vai dar certo”, garantiu.

A cartilha foi baseada em materiais produzidos pelo Tribunal Regional Eleitoral de Santa Catarina, Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul, Secretaria Estadual de Defesa dos Direitos da Pessoa com Deficiência de São Paulo, Câmara dos Deputados e Senado Federal. “Compilamos e adequamos para a nossa realidade”, declarou.

Outras dicas
Quando quiser alguma informação de uma pessoa deficiente, dirija-se diretamente a ela e não a seus acompanhantes ou intérpretes.

Não faça de conta que a deficiência não existe. Se você se relacionar com uma pessoa com deficiência como se ela não tivesse uma deficiência, você vai ignorar uma característica muito importante dela. Dessa forma você não estará se relacionando com ela, mas com outra pessoa, uma que você inventou e que não é real.

Sempre que quiser ajudar, ofereça ajuda. Sempre espere sua oferta ser aceita, antes de ajudar. Pergunte a forma mais adequada para fazê-lo. Mas não se ofenda se seu oferecimento for recusado. Pois nem sempre as pessoas com deficiência precisam de auxílio. Às vezes, uma determinada atividade pode ser mais bem desenvolvida sem assistência.

As pessoas com deficiência são pessoas como você. Têm os mesmos direitos, os mesmos sentimentos, os mesmos receios, os mesmos sonhos.

Quando convidar uma pessoa com deficiência para um programa, informe-se antes sobre as características e acessibilidade do local escolhido, para não frustrar expectativas.

Tipos de deficiência
Deficiência física: engloba vários tipos de limitações motoras, como paraplegia, tetraplegia, paralisia cerebral e amputação.

Deficiência intelectual: limitações significativas no funcionamento intelectual e no comportamento adaptativo, que aparecem nas habilidades conceituais, sociais e práticas, antes dos 18 anos

Deficiência auditiva: redução ou ausência da capacidade de ouvir determinados sons em diferentes graus de intensidade.

Deficiência visual: redução ou ausência total da visão, podendo ser dividida em baixa visão ou cegueira.

Surdocegueira: deficiência única, que apresenta a perda da visão e da audição concomitantemente em diferentes graus.

Deficiência múltipla: associação de duas ou mais deficiências. Exemplo: deficiência intelectual associada à deficiência física.