Assembleia Legislativa presta homenagem aos 60 anos da Igreja Luterana em Santa Catarina

Os 60 anos da Igreja Evangélica de Confissão Luterana do Brasil (IECLB) foram comemorados na Assembleia Legislativa. Um ato parlamentar solene proposto pelo deputado Jean Kuhlmann (DEM), realizado no Auditório Deputada Antonieta de Barros na noite de ontem (26), relembrou os pilares que sustentam a instituição e sua missão voltada para a educação e outros trabalhos de cunho social, junto às autoridades e pastores da igreja. Os convidados foram agraciados com a apresentação do Coro de Metais Franconian Brass Ensemble, da Alemanha, que participou da abertura da sessão ao executar o Hino Nacional. O primeiro grupo expressivo de luteranos chegou ao país em 1924, junto com os imigrantes alemães. Conforme o proponente da homenagem, a igreja surgiu com o intuito de servir ao próximo e fortalecer a cultura germânica. “É impossível separar uma história da outra. É o reconhecimento de sua construção para um estado pujante e reconstrutor. Nada nos derruba, as lágrimas logo se transformam em comemoração e é nesta fé que construímos nossa história”, disse Jean. A reforma de Lutero foi mencionada pelo governador Luiz Henrique da Silveira (PMDB) que, por antes de iniciar o ato solene, sancionou a lei que cria o Dia da Reforma Luterana no calendário cívico de Santa Catarina. Segundo o governador, ele quis reformar uma igreja opulenta e repressora após constatar “as injustiças que viu o absurdo entre o Evangelho e a igreja”. Disse ainda que a herança luterana está em muitos setores de Santa Catarina. “Os 180 anos da colonização alemã explicam porque somos o melhor estado do país, o mais desenvolvido e com os melhores índices”, afirmou. O secretário de Estado do Turismo, Cultura e Esporte, Gilmar Knaesel, ressaltou as quatro vertentes da colonização alemã: religiosidade, trabalho, educação e cultura. “Não importa quantos somos. Importa o que somos e o que queremos. Queremos continuar o nosso sacerdócio e manter nossa cultura”, salientou. Para o presidente da IECLB, pastor Walter Altmann, a Igreja Luterana tem a sociedade como base porque cresce de baixo para cima. O valor dado à família e ao associativismo ajudou na construção de uma economia forte. “Os imigrantes entenderam-se logo com os habitantes deste país. Suas presenças foram atuantes e respeitáveis na sociedade. Mesmo tendo passado por inúmeras dificuldades, são gratos pela oportunidade que este país deu”, declarou. Também participaram da solenidade o presidente do Tribunal de Contas, conselheiro José Carlos Pacheco, o vice-prefeito de Blumenau, Rufinus Seibt (PMDB), a pastora do Sínodo do Vale do Itajaí, Mariane Ehrat, e o deputado Elizeu Mattos (PMDB). (Denise Arruda Bortolon Montagna/Divulgação Alesc)