Assembleia e Fiesc unem forças para resgatar o uso do carvão como fonte energética
O presidente da Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina (Fiesc), Glauco José Côrte, manifestou a intenção da entidade em trabalhar para que o uso do carvão mineral catarinense como fonte energética seja retomado. A declaração foi dada na manhã desta quarta-feira (06), em reunião com o presidente da Assembleia Legislativa, deputado Joares Ponticelli (PP), que tem na iniciativa uma das bandeiras da sua gestão à frente do Parlamento estadual.
De acordo com Côrte, o tema foi um dos destaques do encontro, no qual foram debatidos ainda o aprimoramento da capacitação profissional e as perspectivas de aumento da atividade industrial catarinense em 2013. “Viemos registrar nosso apreço e admiração pelo novo presidente e manifestar o propósito de trabalharmos juntos em temas que favoreçam o desenvolvimento do estado”, disse.
Para Ponticelli, a região tem muito a ganhar com a retomada da extração e do uso do produto. O tema vem sendo trabalhado em conjunto com o Parlamento do Rio Grande do Sul, estado que detém as maiores reservas do minério no país, logo à frente de Santa Catarina. “Já existem tecnologias que tornam o carvão uma alternativa extremamente viável sob o ponto de vista econômico e ambiental. A Alemanha é o maior exemplo, país que possui 40% de sua matriz energética ligada ao produto”. De acordo com ele, a presidente Dilma Rousseff também já se manifestou favorável à ideia, anunciando a realização dos primeiros estudos para a utilização da matéria-prima na produção de energia.
Santa Catarina possui a segunda maior reserva carbonífera do país
Pioneira na produção do mineral, com a descoberta de uma jazida no município de Lauro Müller em 1827, Santa Catarina possui a segunda maior reserva do país, estimada em 32 bilhões de toneladas.
O minério está concentrado principalmente nos três estados do Sul, sobretudo no Rio Grande do Sul, que possui 89,25% do total, seguido de Santa Catarina, com 10,41% e Paraná, com 0,32%.
O carvão catarinense, do tipo betuminoso alto volátil A, entretanto, é considerado de melhor qualidade, sendo utilizado principalmente na produção de termoeletricidade e indústrias cimenteira, de papel celulose, cerâmica, de alimentos e de secagem de grãos.
Agência AL