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15/05/2009 - 18h10min

As muitas faces do artesanato catarinense

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Ingrid Thaler - Treze Tílias
No Festival de Integração Multicultural Catarinense (FIMC), as diversas faces do artesanato de Santa Catarina ganham destaque nos disputados corredores do evento, que acontece no CentroSul, em Florianópolis, até domingo (dia 17). São estandes com pinturas, cerâmica, bordados, peças de tear, tranças de palha, fuxicos e esculturas, entre outras obras, que não só demonstram as tradições regionais, como também enfeitam o festival com suas cores e formas diferenciadas. No estande do município de São José, em cima de uma roda de oleiro tradicional, José Geraldo Germano molda peças de barro, seguindo uma das heranças deixadas pelos açorianos, a olaria. Com uma população de 196.887 habitantes, a cidade – na região da Grande Florianópolis - é conhecida como a capital da louça de barro. “É uma tradição passada de geração em geração”, explica o oleiro, um dos coordenadores das oficinas da Olaria Beiramar de São José que conta com 60 aprendizes. “Nossos alunos adquirem a técnica e fazem em casa. Muitas vezes se juntam com filhos, irmãos ou até vizinhos e montam seu próprio espaço.” Também passada de geração em geração, a arte das esculturas em madeira, tradicional na austríaca Treze Tílias, pode ser conferida no Festival, dentro do espaço multimídia da região do Vale do Contestado. No local, Gotfredo Thaler e as filhas Ingrid e Ellen transformam, em tempo real, pedaços de madeira maciça em estátuas de diversos tamanhos. “É como se eu brincasse de ser Deus” afirma Ingrid. Com 33 anos de idade e 22 de profissão, a artesã conta que junto com as três irmãs aprendeu a esculpir ainda criança com o pai. Das quatro irmãs, apenas ela e Ellen seguiram a carreira. “É preciso dedicação, paciência, força de vontade e talento”, explica. A cidade de Treze Tílias foi colonizada por austríacos, possui 5.641 habitantes, e é considerada a mais austríaca do país, possuindo o único consulado da Áustria que não fica numa capital. Hoje conta com 22 escultores de madeira, oito somente da família Thaler. Ovos coloridos Outro estande concorrido no Festival é o da artista plástica Silvana Pujol, dentro do espaço do Sebrae. Representante de Pomerode – cidade com 25 mil habitantes na região do Vale Europeu -, Silvana pinta ovos, desde os de avestruz até ovos de lagartixa, mesclando desenhos infantis com a técnica de ourives. “Comecei pintando criança, seguindo a tradição de minha família que pintava ovos para Páscoa. Depois de uma conversa com meu pai, que era ourives, passei a adaptar meus desenhos infantis – coração, flores – com os desenhos de lapidação de diamantes, trabalho de meu pai”, conta. A artista tem obras em países como Alemanha, Tailândia, Japão, Canadá, Estados Unidos, Espanha e Suécia. A renda de bilro, trazida pelos açorianos ao litoral catarinense, também pode ser encontrada no espaço do Sebrae. Entre almofadas e toalhas rendadas, Solange Costa, 63 anos, traça seus fios e bilros e faz sua arte, a renda. “São 50 anos de uma profissão que está se perdendo com tempo. Não vemos mais interesse nas meninas de hoje”, lamenta. A rendeira é sócia de uma associação em sua cidade que nesse semestre ensinou oito meninas a fazer renda. Imaruí tem 11.847 habitantes e é da região de Encantos do Sul. (Evelise Nunes/Divulgação Alesc)
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