Apicultores buscam regulamentação para meliponicultura
Criadores de abelhas de mais de 50 municípios do Sul do estado buscam a regulamentação e profissionalização para a Meliponicultura, que consiste na produção de mel de abelhas sem ferrão. Para debater o tema e aprimorar técnicas conservacionistas deste tipo de abelha, a Associação dos Municípios da Região de Laguna (Amurel) promove o Seminário de Meliponicultura no dia 4 de junho em Tubarão, a partir das 9h.
Celso Heidmann, diretor executivo da Amurel, explica que a resolução de número 346 do Conama (Conselho Nacional do Meio Ambiente) estabelece o limite de 50 caixas de abelhas sem ferrão para a produção de mel, considerando este tipo de abelha como espécie nativa. “Este limite existe com a argumentação de que se criam estas abelhas em cativeiro, mas elas estão livres no meio ambiente. Não existe cativeiro neste caso”, argumenta.
Heidmann afirma ainda que o limite de 50 caixas inviabiliza a produção e a comercialização. “Em uma caixa se retira uma média de 2 quilos de mel por ano”. Como o produto é diferenciado, com propriedades terapêuticas, seu valor final é considerado alto, cerca de R$ 50 o quilo. Por isso, há o interesse na produção. “Estamos sem regulamentação. Até a comercialização é proibida”, reclama o representante da Amurel.
Apoio do Parlamento
Ao final do seminário, os produtores pretendem redigir um documento e encaminhar à Assembleia Legislativa solicitando apoio para a regulamentação da atividade via Fatma e Ibama. “Estamos otimistas, pois o Parlamento está apoiando a nossa causa”.
O seminário gratuito é oferecido preferencialmente a produtores, secretários municipais de Agricultura, Meio Ambiente e Turismo e estudantes. A Assembleia Legislativa é parceira do evento, que será realizado em Tubarão, no Centro de Treinamento da Epagri (Cetuba). As inscrições devem ser realizadas pelo site www.amurel.org.br.
Rádio AL