Alunos e professores aprovam mudanças no Enem, mas com ressalvas
FOTO: Solon Soares/Agência AL
As mudanças no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) – fim do ranqueamento por escolas e estados e provas em dois domingos consecutivos – foram bem recebidas por alunos e professores. “Hoje o Enem é a forma mais simples de entrar na faculdade, os vestibulares estão muito concorridos, acho que ficou muito melhor, mas os pais perdem um pouco o norte”, afirmou Otávio Aguiar Imhof Salum, aluno do Colégio Energia da Capital, referindo-se ao fim do ranqueamento por escolas e estados, que servia de parâmetro da qualidade do ensino para os pais.
Para o coordenador de Pré-Vestibular e Terceirão do Colégio Energia, de Florianópolis, Herbert Monteiro, as alterações vieram para resolver distorções. “O Enem é uma prova nacional única, mas há muitos contrastes entre escolas públicas e privadas e o aluno da escola pública de São Paulo concorre com o aluno do Pará, de Roraima e de Santa Catarina, então acaba não favorecendo o aluno”, avaliou Monteiro.
Sobre o fim do ranqueamento, o professor do Energia reconheceu que servia de balizamento para os pais na hora de escolher a escola dos filhos. “Isso é um fato”, declarou, argumentando em seguida que a não divulgação dos dados impede uma boa avaliação não só do serviço privado, mas também do público. “Deixa de ver o que está se passando na escola pública”, alertou.
Quanto à realização das provas em dois domingos consecutivos, segundo Monteiro, elevará a nota dos alunos. “Vai aumentar o rendimento, antes era muito estressante, no segundo dia o rendimento era afetado”, informou. Para Gabriela de Castro Pasquini, veterana do Enem, a alteração beneficiará os alunos. “Já estamos treinando diferente dos outros anos e vamos poder descansar um pouco mais entre as provas”, informou Gabriela, que em 2017 enfrentará seu sexto Enem. “Comecei em 2010, quero fazer medicina”, explicou a aluna do Colégio Energia.
Agência AL