Alesc sedia Seminário Internacional do Mercosul a partir de terça (29)
Com o objetivo principal de fortalecer as relações institucionais entre os países membros do Mercosul, a Assembleia Legislativa será palco na terça (29) e na quarta (30) do Seminário Internacional do Mercosul – O Futuro da Integração. O evento é promovido pela Comissão de Relacionamento Institucional, Comunicação, Relações Internacionais e do Mercosul da Alesc, Unisul e União dos Parlamentares do Mercosul (UPM).
As atividades do seminário serão desenvolvidas no Auditório Antonieta de Barros. A expectativa é que mais de 70 parlamentares dos países membros do bloco participem do evento, além de professores, alunos de Relações Internacionais e especialistas no assunto.
Na terça-feira, estão programadas três mesas redondas, que vão abordar política, comércio, educação, meio ambiente e direitos humanos, além de uma palestra com o prêmio Nobel da Paz de 1985, Benny Dembitzer. Na quarta, ocorre a Assembleia Geral do bloco brasileiro da UPM. A programação completa está disponível aqui.
“Nosso objetivo é fortalecer as relações institucionais, debater e discutir as ações que vêm sendo desenvolvidas nos países do Mercosul em prol da integração”, explica o deputado Rodrigo Minotto (PDT), presidente da comissão da Alesc. “Esse debate vai favorecer Santa Catarina, trazendo a perspectiva de novos negócios, pois o nosso estado é o que mais recebe visitantes dos países do Mercosul durante a temporada”, destacou o deputado.
Minotto, que durante o evento assumirá a presidência do bloco brasileiro da UPM, afirmou que o Mercosul precisa evoluir em vários pontos da integração. “Nós temos a questão da carteira de trânsito livre para os moradores de cidades fronteiriças, além da validação de diplomas e tantos outros pontos que são de interesse dos países membros”, comentou.
Uma das mesas redondas do seminário vai discutir o futuro político do Mercosul. De acordo com Flávio Monteiro, diretor de Articulação da UPM, um dos focos do debate será o impasse sobre as participações brasileira e uruguaia no Parlasul, o Parlamento do Mercosul, que iniciou suas atividades em 2007, com o objetivo de estabelecer a legislação comum aos países do bloco. Até 2010, Brasil e Uruguai deveriam ter eleito democraticamente seus representantes do Parlasul, mas isso até hoje não ocorreu. Com isso, segundo Monteiro, o parlamento está impedido de legislar.
“Sem uma legislação comum, o Mercosul é gerido conforme a cabeça do governante de cada país. Quando muda o governo, podem mudar as relações internacionais e comerciais. Por isso a importância da eleição dos membros do Parlasul para que haja uma legislação para disciplinar essas questões”, explica o diretor da UPM.
Agência AL