Lançado livro “CPI dos Respiradores - O maior caso de fraude e corrupção”
A Assembleia Legislativa sediou, na noite desta quarta-feira (15), o lançamento do livro "CPI dos Respiradores - O maior caso de fraude e corrupção no Estado de Santa Catarina", de autoria do deputado Ivan Naatz (PL), que conta um pouco dos bastidores políticos e do legislativo catarinense em 2020 e cujo relatório serviu de base para o segundo processo de impeachment do governador Carlos Moisés (sem partido).
O autor foi o proponente e relator da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito), que também foi base da denúncia do Ministério Público, em andamento desde agosto último, com relação aos principais envolvidos na compra fraudulenta dos 200 respiradores pagos de forma adiantada e sem garantia de entrega pelo valor de R$ 33 milhões.
O lançamento ocorreu no hall da Assembleia Legislativa e contou com a presença do deputado Sargento Lima (PL). Ivan Naatz explicou que a obra, com 394 páginas, aborda o episódio que, segundo o parlamentar, manchou a história política de Santa Catarina, fala sobre os agentes responsáveis por este prejuízo aos cofres públicos, como a CPI trabalhou para identificar os autores e porque o relatório da comissão foi adotado em unanimidade pelos desembargadores do Tribunal de Justiça. “O livro é um instrumento técnico e jurídico que vai marcar a história para que ela nunca mais se repita e o trabalho fundamental que a CPI exerceu neste processo que Santa Catarina acompanhou pelos meios de comunicação.”
De acordo com Naatz, os exemplares serão encaminhados às câmaras de vereadores, imprensa catarinense, bibliotecas acadêmicas e as pessoas interessadas. “É um registro histórico muito interessante, foi um material muito bem produzido e tenho certeza que receberá uma crítica positiva de todos aqueles que tiverem acesso a esse material.”
Ivan Naatz destaca ainda na publicação a nova legislação estadual originada dos trabalhos e investigações da CPI, um projeto de lei assinado pelos nove deputados integrantes, aprovado, sancionado e já em vigor desde fevereiro deste ano, estabelecendo maior rigor e controle de compras públicas no Estado em casos de regime de urgência e de calamidade pública.