Alesc sedia lançamento da 8ª Mostra do Vinho Catarinense
FOTO: Solon Soares/Agência AL
A Assembleia Legislativa sediou, nesta quarta-feira (24), o lançamento da 8ª Mostra do Vinho Catarinense, em Pinheiro Preto. O evento, marcado para os dias 17, 18 e 19 de maio, reúne produtores do município, de Tangará e de Videira. Pinheiro Preto, que ostenta o título de Capital Catarinense do Vinho, é responsável por 70% do vinho consumido em Santa Catarina.
“Isso é muito importante para a economia do município e do produtor, pois segura o jovem na agricultura e fomenta o comércio, além de atrair turistas para a cidade”, explicou o prefeito de Pinheiro Preto, Pedro Rabuske (MDB).
De acordo com o prefeito, cada vinicultor terá espaço para divulgar seu produto. “O turista também poderá conhecer os parreirais, como o vinho é produzido e engarrafado para chegar ao consumidor”, informou.
Diferencial
Para o produtor e enólogo Gilson Panceri, de Tangará, o objetivo do evento é mostrar o diferencial do vinho catarinense, que, na sua avaliação, não perde em qualidade para aqueles de outras regiões e países. Panceri defendeu uma conscientização dos catarinenses para a excelência do vinho produzido no Estado. “Se você vai ao Rio Grande do Sul, o consumidor de lá vai dizer que o vinho de Bento Gonçalves é o melhor; se for à Argentina, vão dizer que o melhor é de lá. Quando vem para Santa Catarina, o catarinense muitas vezes prefere um vinho chileno, um francês ou mesmo de outras regiões”, lamentou.
Segundo Panceri, Santa Catarina, por ser um Estado pequeno, possui características que favorecem a produção de uvas e vinhos. “Temos uma sazonalidade de produção que começa lá em dezembro, no extremo oeste, continua em fevereiro e março no meio oeste e, ainda hoje, praticamente cinco meses após começar a safra, ainda temos uvas sendo colhidas na Serra Catarinense. Isso ocasiona dentro dos vinhos um terroir, um aroma, um sabor todo específico do Estado que fora você não vai encontrar.”
Para o enólogo, os apreciadores de vinho de Santa Catarina precisam abrir mais espaço ao produto local. “Fazendo isso, ajuda nossa cadeia produtiva, porque nós produzimos com qualidade e precisamos que as pessoas consumam com mais frequência.”