Alesc recebe a exposição “A Presença da Matéria”, de Leandro Serpa
FOTO: Bruno Collaço / AGÊNCIA AL
O calendário de exposições artísticas presenciais de 2022, na Galeria Ernesto Meyer Filho da Assembleia Legislativa de Santa Catarina (Alesc), teve início nesta segunda-feira (31) com a apresentação das obras do artista plástico tijuquense Leandro Serpa, intitulada “A Presença da Matéria”, que ficarão expostas até dia 18 de fevereiro. A exposição contempla obras produzidas entre os anos de 2014 e 2018, como parte da pesquisa que realiza com a monotipia desde 2007.
“Preocupado com a busca de uma marca e uma cor própria, passo a investigar pigmentos e tingidores naturais, fato que modifica a minha forma de criar e atuar como artista. A atual série que ora apresento traz consigo a marca de uma investigação desdobrada sobre o uso de pigmentos naturais e a justaposição entre processos gráficos, como por exemplo, a monotipia e a xilogravura com a pintura”, explica o artista que é natural de Tijucas (SC).
Ele relata que durante sua pesquisa para o mestrado em Artes Visuais na Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc), aproximou-se da obra dos artistas Carlos Vergara e Daniel Senise. O contato rendeu entrevistas e visitas a seus ateliês no Rio de Janeiro e uma aproximação também com a interlocução entre a pintura, a xilogravura e a monotipia.
“A investigação poética que realizei a partir da imersão nas obras destes artistas relevantes para a arte nacional, levaram-me para um campo de aproximação entre a pintura e a monotipia”, conta o artista.
A atual série, concluída em 2018, é o início de um processo que o artista pretende aprofundar visando à busca de uma particularidade de cor e textura que se manifesta na pesquisa de materiais naturais e alternativos ao meio da arte.
Leandro é considerado um artista visual, escritor, professor e pesquisador. Mistura a arte com a tecnologia e explora a multimídia. Cria arte recorrendo à gravura, desenho, pintura, fotografia, vídeo, além de instalações em projetos de mídias digitais. Realiza exposições individuais e coletivas desde 2007.
A forte atuação do artista soma conhecimento e estimula a cultura catarinense. De 2012 a 2013, aprofundou sua pesquisa sobre as técnicas de gravura, com especial desenvolvimento da monotipia, e foi premiado com o projeto “Fanáticos” no Prêmio Elisabete Anderle de estímulo à cultura.
Na carreira, acumula artigos, livros publicados e ensaios visuais. O artista desenvolve os fundamentos de sua linguagem visual de forma inventiva, com talento multimídia tem facilidade como gravador, pintor, desenhista, escultor e escritor.