Alesc promove eventos sobre automutilação e visão monocular
Como superar a automutilação e os direitos dos portadores de visão monocular são dois temas que serão abordados na Assembleia Legislativa, com uma palestra nesta quinta-feira (2), às 19h, e na segunda-feira (6), com um seminário, a partir das 13h30. Os temas foram propostos pela Comissão de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente e pela Comissão de Defesa dos Direitos da Pessoa com Deficiência, respectivamente.
O primeiro tema, "Como superar a automutilação", será no Plenarinho Paulo Stuart Wright, nesta quinta-feira, com palestra da psiquiatra Neusa Sérgio, além de depoimentos de mães e adolescentes com casos de automutilação, que já superaram e outros ainda a superar, tendo como público alvo jovens, adultos e profissionais da área. A proposta da palestra é do deputado Sérgio Motta (PRB), em homenagem ao dia da consciência jovem, comemorado oficialmente no dia 28 de abril.
Embora seja uma doença silenciosa, a automutilação já é considerada um problema de saúde pública no Brasil. As pessoas se automutilam como tentativa de punição, para tentar reduzir o estresse, ter uma maior sensação de controle, sentir algo além do entorpecimento ou como um pedido de ajuda e isso são considerados atos perigosos, pois é um comportamento que tende a viciar, sendo difícil de parar, explicam especialistas sobre a autoagressividade ou “Cutting.”
Visão monocular
Na segunda-feira (6), a partir das 13h30, a Comissão de Defesa dos Direitos da Pessoa com Deficiência apoia um seminário promovido pela Associação de Pessoas com Deficiência Visual de Santa Catarina (APDVISC), no Plenarinho Deputado Paulo Stuart Wright, para esclarecer aspectos da visão monocular. O evento integra uma ação para divulgar a Lei 17.679/19, de autoria do deputado Padre Pedro Baldissera (PT), que institui o Dia Estadual da Pessoa com Visão Monocular, comemorado no dia 5 de maio.
O seminário contará com palestras: “O que é ser monocular? Dificuldades e Preconceito”, que será proferida pelo médico Pedro Alves Barbosa, e “Direitos e Deveres dos Monoculares”, que será ministrada pelo médico Paulo de Moraes. A visão monocular é a cegueira de um dos olhos, e essa restrição visual é considerada como deficiência em 19 estados e no Distrito Federal. Em Santa Catarina, a defensoria pública estadual assegurou em 2018 aos monoculares os mesmos direitos conferidos às pessoas com deficiência, previstos no Estatuto da Pessoa com Deficiência.
No entanto, o portador de visão monocular não está enquadrado como deficiente no Decreto lei 3298/99, que regulamenta a Política Nacional para a Integração da Pessoa Portadora de Deficiência.