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06/08/2015 - 10h59min

Alesc outorga título de cidadão catarinense, in memoriam, a Homero de Miranda Gomes

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Deputados José Nei Ascari e Padre Pedro Baldissera foram autores do projeto para concessão de título in memoriam a médico que viveu em Santa Catarina.

A trajetória de Homero de Miranda Gomes, como homem público e profissional da Medicina, foi destacada na noite dessa quarta-feira (5), em sessão solene promovida pela Assembleia Legislativa para a outorga do título de cidadão catarinense, in memoriam, ao mineiro, falecido em 6 de abril de 1980.

A cerimônia, realizada por solicitação dos deputados Padre Pedro Baldissera (PT) e José Nei Ascari (PSD), autores do projeto que originou a Lei 16.627 de 2015, para a concessão do título, aconteceu no Palácio Barriga Verde, em Florianópolis, e reuniu lideranças políticas, representantes de órgãos públicos e de entidades de classe.

Nascido na cidade de Ouro Fino, Minas Gerais, em 2 de maio de 1913, Homero de Miranda Gomes foi médico, especialista em dermatologia e hanseníase, razão pela qual foi convidado no início da década de 1940 pelo então governador do Estado, Nereu Ramos, a fazer parte do corpo clínico do Hospital Colônia Santa Tereza, especializado no tratamento da doença.

Também como médico, Gomes atuou em instituições como o Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS) e a Legião Brasileira de Assistência (LBA). O voluntariado na Medicina ajudou a projetá-lo na política, na qual exerceu os cargos de prefeito do município de São José (de 1956 a 1960) e deputado estadual por duas legislaturas (de 1970 a 1978).

Pela biografia construída como cidadão, destacou Nei Ascari em seu pronunciamento, Homero está entre as personalidades mais relevantes da história do estado, cuja sociedade, em reconhecimento, adota seu nome em estruturas e logradouros públicos localizados nos mais diversos municípios. Entre os quais, disse, ruas em Biguaçu e Florianópolis, um hospital e uma escola em São José e um ginásio de esportes em Orleans. “Em memória e respeito ao seu trabalho como médico, homem público e cidadão, a sociedade, representada neste Parlamento, reverencia esse mineiro que tanto se dedicou a Santa Catarina.”

E, apesar de já terem transcorridos 35 anos de sua morte, as marcas deixadas por Homero ainda são fortes, acrescentou Pedro Baldissera, a quem qualificou como um cidadão distinto, que serviu a política sem se servir dela. “Apesar de não ter tido a oportunidade de conhecê-lo pessoalmente, conheci parte de sua historia profissional e política, e, sobretudo, tive a satisfação de ouvir de funcionários e ex-deputados desta Casa, bem como de gestores públicos e populares, testemunhos acerca do elevado caráter desse homem, inteligente, humilde e austero e com dedicada disposição no atendimento aos enfermos mais pobres e desassistidos”, disse ainda.

Catarinense de coração

Paulo Roberto de Miranda Gomes, filho do homenageado, fez um relato emocionado sobre os sentimentos de determinação e abnegação que moviam Homero em suas tarefas, muitas vezes em detrimento do conforto da própria família. “Meu pai foi um realizador, homem que se impunha desafios e se comprazia em torná-los realidade. Ao final da vida como médico e político, deixou como bens apenas a casa onde vivia a família, mas também a inestimável herança de um homem honrado e o vasto legado da sua obra humanitária.”
Paulo Roberto, que como o pai também atuou como deputado estadual (entre 1987 e 1991), finalizou seu discurso destacando o forte ligação afetiva que Homero tinha com Santa Catarina. “Ele amou sem medida a terra onde viveu. Foi um catarinense de coração pelos claros caminhos de seu afeto e hoje é também por direito. Por isso, digo obrigado por esta elevada e justíssima honraria.”
Também participaram da sessão o desembargador do Tribunal de Justiça Tulio José Moura Pinheiro; o prefeito de Antonio Carlos, Paulo Remor e o presidente do Conselho Regional de Medicina de Santa Catarina, Antonio Silveira Sbissa.

Alexandre Back
Agência AL

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