Alesc debate restrição ao pinus elliottii em Lages e reunião entre SED e Sinte
Integrante do PL defendeu projeto de lei, já protocolado, para proibir o plantio de pinus elliottii na Coxilha Rica, em Lages, enquanto integrante do PT destacou reunião entre a Secretaria de Estado da Educação (SED) com o Sindicato dos Trabalhadores em Educação (Sinte) na sessão de quarta-feira (19), da Alesc.
“Apresentamos um projeto de lei que tem rendido bastante discussão na Serra Catarinense, vamos estabelecer o debate da proibição e da restrição do pinus elliottii na região da Coxilha Rica, em Lages. Restringe tão somente na Coxilha Rica, cerca de 43% do território de Lages, mas não atinge a área já plantada, estamos fazendo um debate sobre o futuro, não estamos tratando do que tem lá”, explicou Ivan Naatz (PL), autor do projeto.
O deputado destacou a beleza natural da paisagem da Coxilha Rica, sua importância histórica, principalmente do Caminho dos Tropas e as matas remanescentes de araucárias. Naatz lembrou que o pinus impede o crescimento de árvores nativas no seu entorno e não permite que os animais sobrevivam.
“Precisamos discutir se vamos reservar áreas em que o pinus não pode ser plantado. As multinacionais compram terras, plantam pinus, desmatam e não há nenhum controle”, disparou Naatz, acrescentando que o prejuízo ecológico (compensação ambiental) com o pinus no estado é de R$ 105 bi e cresce cerca de R$ 2 bi por ano.
Naatz respondeu às críticas contra o projeto vindas da Câmara de Vereadores da Princesa da Serra.
“Lages é a cidade que tem pessoas na fila da sopa para ter o que comer, uma das poucas cidades que as pessoas vão à fila da sopa, se preocupem com as pessoas que ficam na fila da sopa para terem o que comer”, declarou o representante de Blumenau.
Marcius Machado (PL) discordou do colega, admitiu alguma restrição no plantio e lamentou a referência à miséria em Lages e no Planalto Serrano.
“É um projeto de grande relevância sobre o pinus, mas o deputado se exalta um pouco desqualificando Lages como a cidade que está na fila da sopa, uma pequena parcela pode estar necessitada, como tem em Blumenau, Joinville, Florianópolis, como tem em qualquer cidade”, reagiu Machado.
O deputado avaliou mudanças no plantio do pinus na Coxilha Rica, sugerindo manter um corredor protegido em ambos os lados do “Caminho das Tropas”.
“Precisamos de ajustes no corredor dos tropeiros, lá precisa de proteção, pode ser 10 km para um lado e para outro”, sugeriu Machado, que ressaltou a importância da manufatura do pinus para as papeleiras de Lages, Otacílio Costa e Correia Pinto.
Já o deputado Rodrigo Preis (PT) anunciou reunião entre membros do Sindicato dos Trabalhadores e Educação de Santa Catarina (Sinte-SC) com os secretários da Educação e da Administração.
“Agora às 15h tem uma mesa de negociação com o Sinte e os secretários da Educação e da Administração. A gente espera que entrem em acordo, principalmente quando se fala em descompactação da tabela e do reajuste salarial”, afirmou Preis.
Prêmio Band
Maurício Peixer (PL) repercutiu o prêmio ofertado pela Rede Bandeirantes aos municípios com excelência na educação, saúde, infraestrutura, sustentabilidade, desenvolvimento socioeconômico, eficiência fiscal e transparência.
Entre os municípios com menos de 30 mil habitantes agraciados estão Irineópolis (Planalto Norte); Salto Veloso (Vale do Rio do Peixe); Faxinal dos Guedes (Oeste); e Trombudo Central (Alto Vale do Itajaí).
Com mais de 30 mil foram premiados os municípios de São Bento do Sul (Planalto Norte); Penha (Litoral Norte); Pomerode (Vale do Itajaí); e Braço do Norte (Sul).
Já entre os municípios com mais de 100 mil habitantes foram premiados os municípios de Blumenau (Vale do Itajaí); Balneário Camboriú (Foz do Itajaí); Jaraguá do Sul (Norte); e Criciúma (Sul).
Apreensões de drogas
Sargento Lima (PL) repercutiu as apreensões de drogas feitas pela Policia Militar (PMSC), Polícia Civil e Polícia Rodoviária Federal (PRF) em Santa Catarina somente em maio e junho, que totalizaram três toneladas.
“A cocaína entra pelas fronteiras, a maconha vem de outros estados. É uma indústria que é movimentada pelo sofrimento familiar, que traz um prejuízo enorme com o custeio dos apenados, hora trabalho do juiz, promotor, policiais, é uma sangria dos cofres públicos”, registrou Lima, que alertou os catarinenses: “lideranças de facções criminosas estão vindo para cá”.
Contra o aborto legal
Jessé Lopes (PL) criticou duramente falas de uma delegada de Araranguá que defendeu em vídeo o aborto nos casos previstos pela legislação brasileira. A delegada ponderou o caráter laico do estado, além das cerca de 12 mil meninas entre oito e 14 anos que foram mães no Brasil por dificuldade de acesso ao aborto legal.
A delegada ainda revelou que no dia anterior havia relatado um caso de estupro contra vulnerável, praticado no ambiente familiar e que, por vontade da criança, foi interrompida a gravidez.
“Imaginam que vai nascer um monstro, como se a criminalidade fosse hereditária”, afirmou Jessé, aludindo ao caráter criminoso dos estupradores, geralmente alguém próximo da criança ou um membro da família, como o pai, avô, tios e primos.
AGÊNCIA AL