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27/05/2010 - 12h53min

Alemanha mostra exemplo na gestão de resíduos urbanos

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O tratamento de resíduos e a geração de energias renováveis na Alemanha foi a experiência apresentada por Karin Opphard, diretora da Associação Nacional de Resíduos Urbanos. Fundada em 1912, a entidade congrega associações e empresas municipais do segmento. A Alemanha investe por ano 1,7 bilhão de euros na gestão de resíduos e em serviços de limpeza urbana e de limpeza de inverno. O segmento emprega 76 mil funcionários. O papel da associação é atuar em prol da regulamentação de normas e políticas de gestão de resíduos e energias renováveis, além de praticar formação e educação relacionada a resíduos. A associação também se ocupa de garantir que os resíduos sejam tratados de maneira ecologicamente correta e com segurança, com a eficácia da coleta seletiva e o uso energético eficiente desses materiais. “Quanto mais qualidade de vida um país tem, mais lixo produz, por isso a primeira preocupação deve ser conscientizar a população sobre a importância de reduzir o volume de resíduos gerados”, ensinou Opphard. Desde 2005 não se pode mais utilizar aterro sanitário para tratamento de resíduos urbanos na Alemanha. O país adotou diversos tipos de usinas para tratamento do resíduo urbano, além de concentrar esforços na coleta seletiva e na reciclagem dos rejeitos. Conforme a palestrante, a coletiva seletiva já é tradição na Alemanha. As pessoas selecionam o lixo em casa, em quatro tipos de lixeiras independentes. No lixo residencial são separados resíduos orgânicos, metal, plástico e papel. Resíduos especiais, eletrônicos e de construção possuem coleta específica pelas prefeituras. A Alemanha recicla 100% dos resíduos reaproveitáveis e faz compostagem do resíduo orgânico. Em 2010 será alterada a lei dos resíduos do país, renovada constantemente, que se tornará ainda mais rígida do que a atual. Os alemães gerenciam o tratamento dos resíduos em usinas de reciclagem, usinas de tratamento de resíduo biológico e usinas de incineração. Em aterro, tratam apenas resíduos especiais. A incineração do lixo é muito utilizada no país para geração de energia. As incinerações são feitas por empresas privadas ou municipais e geram energia térmica e elétrica. Na cidade de Wuppertal, a energia gerada pela incineração do lixo é utilizada na climatização das casas. Em Bassum, foi criada uma produção alternativa de combustível através da incineração. O lixo é selecionado, cortado em pedacinhos e substitui o carvão mineral em usinas térmicas. Na cidade de Leonberg, utilizam-se gravetos de madeira para aquecer água de piscinas, hospitais e escolas. A palestrante também apresentou exemplos de geração de biogás a partir de resíduos urbanos. Em Hamburgo foi criada a primeira usina de biodigestão de alimentos que passaram da data de vencimento. A usina produz 2 milhões de metros cúbicos de biogás e 6,7 MW de eletricidade e com isso alimenta 1,5 mil residências e proporciona uma economia de carbono de 5,4 mil toneladas por ano. A Alemanha investe muito na economia de recursos naturais, estimulando a coleta e o uso da água da chuva para lavar carros e calçadas, além de utilizar combustíveis alternativos como óleo de plantas nas frotas de caminhões de coleta seletiva. (Lisandrea Costa/Divulgação Alesc)
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