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14/03/2023 - 18h21min

Agricultoras que colocam as mãos no solo e o coração na natureza lançam livro

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Hall da Alesc foi palco do lançamento da obra sobre as mulheres camponesas
FOTO: Rodolfo Espínola/Agência AL

A Assembleia Legislativa sediou nesta terça-feira (14) o lançamento literário “Resistências: Por Mãos de Mulheres Camponesas”. O livro, em formato de coletânea, apresenta reflexões sobre as perspectivas das mulheres que trabalham no campo e têm a coragem de questionar as estruturas de exploração da natureza e da violência contra mulheres. O evento aconteceu no hall do Palácio Barriga Verde e contou com a presença de autoridades e convidados. 

O livro apresenta dez textos escritos por um conjunto de 21 camponesas de diversos municípios catarinenses. São abordados temas desde quintais produtivos e uso adequado da água, até feminismo e juventude camponesa. Realizado em parceria entre a Bancada Feminina e a Escola do Legislativo Deputado Lício Mauro da Silveira, o lançamento busca fortalecer a discussão sobre projeto popular de agricultura e novos caminhos para a transformação social.

Com textos curtos, a obra propõe, ainda, reflexões a partir das perspectivas das mulheres que, diariamente, colocam as mãos na terra. De acordo com a deputada Luciane Carminatti (PT), que propôs o lançamento na Alesc, o livro não foi escrito por intelectuais teóricos, mas a partir da experiência concreta de mulheres. “São 50 quintais produtivos e dezenas de mulheres que, durante a pandemia, reconstruíram suas relações com a tecnologia para continuar dialogando com alimentação saudável e temas amplos como terra, água e solo”.

Uma das organizadoras do movimento, a agricultora do município de Palma Sola, Noemi Margarida Krefta, conta que além de temas como lutas sociais, os textos também trazem reflexões sobre a superação destas mulheres durante o período de distanciamento social, imposto pela pandemia de Covid-19.  “Tivemos que transportar parte do nosso trabalho para o mundo virtual para que, de maneira online, continuássemos trocando experiências e nos capacitando. Não podemos parar.”

Depois do lançamento literário, as discussões acerca da obra e do trabalho das mulheres camponesas tiveram prosseguimento no Plenarinho da Casa.

Patrícia Schneider de Amorim
Agência AL

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