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21/03/2014 - 13h06min

Agricultores de Anchieta e Barra Bonita querem estadualização da rodovia

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Audiência Pública em Anchieta, promovida pela Comissão de Transportes. Foto: Miriam Zomer/Agência AL

Mais de dez comunidades rurais do Extremo Oeste catarinense esperam a estadualização da rodovia que liga os municípios de Anchieta e Barra Bonita. Há 26 anos, o trecho, que também serve de ligação a São Miguel do Oeste, foi municipalizado. Os altos custos para a manutenção da estrada são a principal queixa dos prefeitos, conforme relatado durante audiência pública sobre o tema, realizada na manhã desta sexta-feira (21) pela Comissão de Transportes e Desenvolvimento Urbano da Assembleia Legislativa.

“O primeiro passo é a estadualização, pois temos o Deinfra em São Miguel do Oeste que pode recuperar e fazer a manutenção da estrada. Mas o sonho de qualquer prefeito é ter o governo do estado ao seu lado para conseguir o asfalto”, destacou o prefeito de Anchieta, Ari Prestes de Oliveira (PMDB).

O prefeito de Barra Bonita, Darci João Frizon (PMDB), espera a união de forças e a parceria com o Parlamento para a efetivar a estadualização da estrada. “É a Assembleia Legislativa ajudando os municípios do interior. São muitas estradas e pouco dinheiro, por isso é difícil de mantê-las”, disse Frizon.

O encontro, promovido na Câmara de Vereadores de Anchieta, reuniu prefeitos, vices e vereadores da região, representantes da sociedade civil organizada, policiais militares, civis e rodoviários, além de diversas famílias de agricultores que dependem dos 22 quilômetros da estrada para escoar a produção agropecuária.

Com o asfaltamento da SC 473 em 1988 (hoje SC 305), que dá acesso a São Miguel do Oeste, a rodovia que corta o interior das duas cidades foi municipalizada. A produção de leite e criação de gado e o cultivo de alimentos dominam a economia de Anchieta e Barra Bonita, que juntos somam mais de 8.300 habitantes.

Passos para a estadualização
A estadualização da rodovia deve ser feita por meio de decreto do governo do estado e não por projeto de lei, alertou Reno Caramori (PP), presidente da Comissão de Transportes. “Por isso, vamos fazer os encaminhamentos corretos, conforme determina nosso regimento e a legislação. Vamos acompanhar todo processo”, prometeu.

O deputado ainda listou os documentos necessários que devem ser apresentados e anexados ao pedido de estadualização, a ser encaminhado pela Assembleia Legislativa ao governo do estado.

“O colono e o pecuarista têm que ter estrada para escoar sua produção”, observou Caramori. O poder público tem sua obrigação para que isso aconteça em todos os municípios”, disse o parlamentar, justificando o empenho por estadualizações de rodovias. “Só quem é prefeito sabe o quanto custa manter essas estradas. O governo do estado deve minimizar os problemas dos municípios”.

Estrada ruim, êxodo rural
Como o acesso a outras cidades da região via SC 305 pela BR 163 está em obras, a rodovia asfaltada fica fechada por vários momentos do dia, gerando congestionamento e filas. Por isso, os moradores precisam utilizar o acesso de terra com mais frequência. Com mais movimento, mais buracos e mais dinheiro para a manutenção, conforme os relatos na audiência pública.   

Após a estadualização, a comunidade e líderes políticos prometem lutar pelo asfaltamento da estrada. Esta é a principal esperança do agricultor João Reis Kovalski, que mora na Linha Aparecida há 41 anos. Os três filhos de João já deixaram a agricultura e a comunidade isolada. “Dá vontade de chorar antes de sair de casa. Não só por cauda da dificuldade de escoar a produção e sim por questões de saúde quando precisamos. Muitas vezes estamos isolados”, desabafou o agricultor.

Rony Ramos
Rádio AL

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