Agressão na Capital e discussão sobre CPI movimentam sessão
Representante da Bancada Feminina expressou solidariedade a homem que foi estuprado na capital e membros do PSL e do PL reclamaram da falta de apoio para constituir uma CPI para investigar o Samu na sessão de quarta-feira (9) da Assembleia Legislativa.
“Um crime bárbaro foi perpetrado contra um jovem na cidade de Florianópolis, conforme informações oficiais um homem de 22 anos foi estuprado coletivamente por três homens, foi torturado e teve seu corpo tatuado com palavras homofóbicas. A Bancada Feminina vai acompanhar os desdobramentos e adotar as providências cabíveis”, informou Ada de Luca (MDB).
A deputada também lamentou os ataques sofridos pela advogada Margareth Hernandes, presidente da Comissão de Diversidade Sexual e Gênero da OAB de Santa Catarina, que comentou o caso nas redes sociais.
“Esses ataques servem de alerta para que a Assembleia e os demais poderes, órgãos constituídos e a sociedade em geral, tudo, possam reunir forças para combater a homofobia”, reagiu Ada.
Já os deputados Jessé Lopes (PSL) e Sargento Lima (PL) reclamaram dos deputados da base do governo pela negativa em assinar pedido para instalação de Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu).
“Infelizmente a amarra política está prejudicando Santa Catarina, tenho uma CPI para investigar o que está acontecendo no Samu, mas a base do governo não está querendo assinar. Já assinaram nove deputados, precisamos de 14 assinaturas para protocolar, faltam cinco assinaturas”, relatou Jessé.
Segundo o parlamentar, a empresa responsável pela gestão do Samu sustenta que recebe menos do que precisa para gerir o serviço, enquanto o estado garante que paga exatamente o que consta no edital.
“Precisamos investigar para ver quem está falando a verdade”, insistiu Jessé.
“Vá na rede social do deputado em que você votou e pede para ele assinar a CPI do deputado Jessé”, orientou Lima.
Obra abandonada
Bruno Souza (Novo) criticou duramente a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) pelo abandono das obras do campus de Joinville.
“Reclamo muito sobre a carga tributária que o brasileiro tem de pagar, infelizmente o que posso fazer, faço, que é lutar contra o aumento dos gastos públicos e fiscalizar o uso do dinheiro dos impostos”, discursou Bruno, que acusou a UFSC de gastar R$ 70 mi em uma obra abandonada.
“Compraram um terreno longe da cidade e 70% do terreno é alagado, pagaram R$ 9 mi. Em 2012 começaram as obras e gastaram R$ 11,5 mi e mais R$ 21,5 mi para fazer o acesso, gastaram R$ 70 mi em obras que estão abandonadas”, revelou Bruno.
O deputado questionou o Tribunal de Contas da União (TCU) sobre o abandono e recebeu como resposta que a “Universidade está tentando terminar a obra” e que “não dá para punir porque não é uma exclusividade, eis que a União tem mais de 253 obras na mesma situação”.
Solidariedade aos atingidos pelo temporal
Bruno Souza se solidarizou com os catarinenses que sofreram danos materiais durante a noite desta terça-feira com as fortes chuvas que se estenderam até a manhã desta quarta-feira.
Audiência pública conjunta
Neodi Saretta (PT) destacou audiência pública da Comissão de Saúde realizada em parceria com a Câmara de Vereadores de Florianópolis para tratar de ações para frear a pandemia.
“Foram tomadas decisões importantes sobre ações que precisam ser feitas, dado o ritmo da vacinação e a preocupação com a terceira onda”, informou Saretta, que ressaltou a aceleração da vacinação e a cobrança por uma atuação mais proativa do estado na compra de vacinas.
Além disso, Saretta enfatizou a necessidade da busca ativa daqueles que ainda não apareceram nos postos para receber a segunda dose.
“Tem muita gente que não está indo, é preciso uma busca ativa”, sugeriu.
Cannabis medicinal
Ismael dos Santos (PSD) lamentou decisão da Câmara dos Deputados de aprovar parecer pela legalização do cultivo para fins medicinais da cannabis.
“Foi empate técnico e o relator desempatou, mas é uma falácia a necessidade do plantio da maconha para fins medicinais, porque a Anvisa tem liberado a importação. O que se quer é um marco legal para a maconha e aí estamos abrindo para o uso recreativo. Fica aqui o nosso protesto”, registrou Ismael.
Kennedy Nunes (PSD) concordou com o líder da bancada.
“Isso não tem nada de medicinal, é a porta de entrada para o recreativo”, sentenciou.
Por outro lado, Ismael agradeceu o presidente Mauro de Nadal (MDB) pela liberação da equipe técnica da Comissão de Prevenção e Combate às Drogas para retomar as visitas às comunidades terapêuticas.
Agência AL