Ada de Luca fala do projeto de humanização no sistema prisional catarinense
Uma pesquisa recente do Departamento Penitenciário Nacional (Depen), vinculado ao Ministério da Justiça, apontou Santa Catarina como o estado que mais emprega detentos no país. Segundo a Secretaria de Justiça e Cidadania, dos 15.473 apenados alocados em cela, 7.742 exercem atividade laboral, o que representa 47%.
Para falar do sucesso deste projeto de humanização implantado no estado, a deputada licenciada Ada Lili Faraco de Luca (PMDB), atual secretária de Justiça e Cidadania, concedeu entrevista na tarde desta segunda-feira aos veículos de comunicação da Assembleia Legislativa. “Com um sistema humanizado, temos a cidadania respeitada”, resume Ada.
Segundo a deputada, quando assumiu a secretaria em 2011, havia apenas 20 convênios para oferta de trabalho aos detentos. “Hoje são mais de 200 convênios”, contabiliza Ada. Grandes empresas catarinenses, como Intelbras, Fischer, Mormaii, Aurora, Berlanda, Hering e Tyson mantêm convênio com o Estado para oficinas de trabalho dentro das unidades prisionais.
“Só dentro do presídio de São Pedro de Alcântara são fabricados 140 mil telefones por mês. Os presos se orgulham de ter um crachá de trabalho, dizendo que nunca haviam passado por essa experiência”. Os detentos ainda confeccionam os uniformes e calçados do sistema prisional do estado.
Além de muitos presos ganharem um salário mínimo pelo trabalho realizado, a cada três dias de serviço eles têm um dia de remissão na pena. “Já temos casos de presos que saíram do presídio e estão empregados. Isso é ressocialização. Temos de aproximar esses detentos de suas famílias. Aquele pensamento de que o presídio é um depósito de gente deve ficar no passado”, avalia Ada de Luca.
Rádio AL