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06/02/2014 - 14h22min

Ações para a educação das relações étnico-raciais são debatidas na Assembleia

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Foto: Eduardo Guedes de Oliveira / Agência AL

O ensino da história e cultura afrobrasileira e africana no Brasil sempre foi lembrado nas aulas de História com o tema da escravidão. O equívoco de ligar o africano, o negro, diretamente à escravidão está sendo corrigido. As pessoas foram e são escravizadas, não nasceram com esta condição. Para despertar o olhar da instituição sobre suas práticas de inclusão e elaboração de planos pedagógicos antidiscriminatórios, o Instituto Federal de Santa Catarina (IFSC) realiza um debate durante esta quinta-feira (06), na Assembleia Legislativa, sobre o tema.

O marco para pensar questões raciais e étnicas de maneira humanizada foi a assinatura da Lei 10.639/03, que inclui no currículo oficial das escolas a obrigatoriedade do ensino da história e da cultura afrobrasileira. Para a coordenadora da Comissão de Ações Afirmativas do IFSC, Luciane da Cruz Rabello, esse encontro é fundamental para pensar a reestruturação do currículo na instituição. “A comissão foi pensada para auxiliar os docentes a implantar os temas e cumprir as exigências da lei e sensibilizá-los para que cheguem aos alunos com uma formação mais humana e ajudem a desenvolver, em não muito tempo, uma sociedade mais justa”.

Janaí de Abreu Pereira, membro da comissão no Campus Palhoça Bilingue, abordou os marcos legislativos das questões étnico-raciais africanas e indígenas e como pensar alternativas e estratégias de ensino para uma transposição didática – como as leis podem ser inseridas na prática pedagógica. Ela acredita que as ações e debates relativos ao tema devem ser levados a sério no dia-a-dia. “Temos alunos negros que frequentam os cursos todos os dias, por isso não podemos resumir as ações a datas especificas, como a Semana da Consciência Negra”.  Janaí ressaltou que as ações precisam ser ampliadas e as áreas de formação específica dos professores aproveitadas para desenvolver um diálogo com a cultura africana.

De acordo com Luciane, a preparação da comunidade acadêmica é importante para levar o tema a toda a sociedade. No entorno do IFSC em Florianópolis há várias comunidades negras que não têm informação de que o instituto é público e aberto à comunidade. “O negro vive a invisibilidade. Mesmo quando pode ter acesso, tem medo de se mostrar, de fazer parte da sociedade por toda a discriminação que viveu e continua vivendo”, afirmou.

Michelle Dias
Agência AL

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