Acidentes envolvendo motociclistas é tema de palestra na Alesc
Acidentes de trânsito envolvendo motociclistas e motofretistas foi o tema de uma palestra na tarde desta quarta-feira (25) na Assembleia Legislativa de Santa Catarina (Alesc). O evento, promovido pela Fundacentro, marca o Dia Mundial em Memória das Vítimas de Acidentes de Trabalho e chama a atenção para o alto índice de mortalidade no trânsito envolvendo motocicletas: de janeiro a agosto de 2017 foram registrados, só em Santa Catarina, 713 óbitos de motociclistas.
A palestra foi conduzida por Eugênio Hatem Diniz, pesquisador da Fundacentro de Minas Gerais. De acordo com o palestrante, os serviços realizados por motoboys tiveram um aumento nos últimos anos e, consequentemente, esses profissionais ocupam em torno de 50% do registro de vítimas em acidades de trânsito.
Conforme o pesquisador, a partir de 2007, as mortes envolvendo acidentes com motocicletas ultrapassaram a quantidade de óbitos em acidentes de carro. Eugênio elaborou sua pesquisa em Belo Horizonte, mas afirma que a situação é similar em diferentes estados. “O que varia de região para região são os números de acidentes e internações, mas as razões são as mesmas: falta de elaboração da mobilidade urbana, precariedade no transporte público, entre outros fatores.”
O pesquisador conta ainda que, no caso específico dos motofretistas, questões como pressão de trabalho, demanda intensa e curto prazo para entregas contribuem ainda mais para a ocorrência de acidentes. “São trabalhadores que estão cansados e ainda são submetidos a um curto período de entrega, em locais muito distintos e acabam cometendo infrações de trânsito”.
Entre as medidas sugeridas para a prevenção contra os acidentes estão a gestão da segurança no trânsito, investimento na infraestrutura viária e de mobilidade, além da conscientização tanto de motociclistas, quanto de motoristas e pedestres."São medidas especificas que precisam ser tomadas para diminuir esses números e contribuir para um trânsito mais seguro para esses trabalhadores”, conclui.
Com a colaboração de Carolina Lopes/Agência AL