2º Seminário Internacional de Proteção e Defesa Civil é aberto em Florianópolis
Mais de 50 palestras nacionais e internacionais, além de atividades complementares destinadas a aumentar o senso de percepção de risco da sociedade brasileira, compõem a programação do 2º Seminário Internacional de Proteção e Defesa Civil. O evento, promovido pela Secretaria de Estado da Defesa Civil de Santa Catarina, foi aberto nesta terça (13), no Centro de Eventos Luiz Henrique da Silveira, em Canasvieiras/Florianópolis.
Durante dois dias, o seminário pautará debates sobre a importância das políticas públicas e sua intersetorialidade na redução de risco de desastres, sua inter-relação com as mudanças climáticas, os migrantes e refugiados, os modelos e opções de desenvolvimento, a segurança pública, a logística humanitária, as ameaças e vulnerabilidades. O seminário também vai destacar os projetos realizados para aumentar a resiliência do povo catarinense depois das enchentes e deslizamentos de 2008, que resultaram na morte de 135 pessoas e afetaram mais de 1,5 milhão de catarinenses.
Na cerimônia de abertura, o governador em exercício, Eduardo Pinho Moreira (PMDB), destacou que o seminário é importante para a troca de experiências com autoridades desse setor do mundo inteiro. Ele afirmou que o estado de Santa Catarina, antes constantemente surpreendido por desastres naturais, hoje é referência mundial em prevenção. “Nós recebemos, recentemente, o secretário-geral da Organização dos Estados Americanos, e ele quer levar a experiência catarinense para o resto do mundo, para todas as Américas, isso mostra que nós avançamos.”
De acordo com o secretário de Estado da Defesa Civil, Rodrigo Moratelli, é preciso entender que o desastre natural gera seus reflexos em todos as setoriais do governo. “Por isso, o tema do nosso seminário é a importância das políticas públicas na redução dos riscos e desastres, na saúde, na infraestrutura, na assistência social e na própria a Defesa Civil, para que a gente possa, no momento de crise, saber como atuar, porque não existe um estado paralelo ou um município paralelo, nem uma força de trabalho que vai trabalhar paralela à crise, são os mesmos atores”.
O deputado Patrício Destro (PSB), presidente da Comissão de Proteção Civil da Assembleia Legislativa, e o deputado Rodrigo Minotto (PDT) prestigiaram a abertura do seminário. Destro ponderou que Santa Catarina tem o maior número de desastres naturais proporcionalmente ao tamanho de seu território. “Somos um exemplo na velocidade que estamos conseguindo trabalhar com a informação para avisar as pessoas que serão atingidas por uma inundação ou outra catástrofe e, com isso, tentar salvar vidas”, disse.
Reação
O governo do Estado vai inaugurar, na sexta-feira (15), o Centro Integrado de Gerenciamento de Riscos e Desastres (Cigerd), que irá unificar o serviço da Defesa Civil no Estado em torno do monitoramento de fenômenos meteorológicos em todo o território catarinense, agrupando informações de 20 centros regionais. “Evoluímos bastante, passamos por vários desastres que nos ensinaram formas de reagir. Estamos criando o Centro Integrado de Gerenciamento de Riscos e Desastres, regionalizando a Defesa Civil de forma a tomar as decisões e ações com um tempo de atendimento eficaz e também estruturando os municípios, para que possam atender rapidamente”, acrescentou Moratelli.
Agência AL