Seminários em Maravilha e São José do Cedro debatem os desafios da piscicultura na região Oeste
A Comissão de Pesca e Aquicultura da Assembleia Legislativa, presidida pelo deputado Dirceu Dresch (PT), realiza amanhã, dia 18, dois seminários regionais no Oeste para debater o Plano Safra Pesca e Aquicultura 2012/2013 e os desafios para o setor. O primeiro evento acontece às 9 horas, na Câmara de Vereadores de São José do Cedro. O segundo seminário está programado para as 14 horas, na Câmara de Vereadores de Maravilha.
Ao todo serão realizados dez seminários regionais em parceria com a superintendência estadual do Ministério da Aquicultura e Pesca. Duas etapas já aconteceram, em São Lourenço do Oeste e Pinhalzinho, reunindo autoridades, produtores rurais e representantes de bancos e cooperativas.
“Queremos divulgar, esclarecer, trocar experiências, tirar dúvidas quanto ao funcionamento de todas as ações previstas no Plano Safra Pesca e sobre os problemas que a atividade enfrenta para se desenvolver”, destaca Dresch.
O deputado relata que, nos primeiros eventos, foi constatado que o principal entrave para a expansão da atividade é a obtenção de licença ambiental. Há cerca de 95 mil propriedades rurais em Santa Catarina produzindo peixes, mas 90% delas operam sem licença ambiental. A Fatma não tem estrutura suficiente para atender a demanda. A alternativa seria, por meio de convênio, autorizar os municípios a fazerem a concessão de licenças ambientais para projetos de piscicultura. Os produtores também enfrentam problemas relativos à comercialização e ao custo da ração.
“Os produtores que têm água na propriedade podem ter um complemento de renda, além de comida de qualidade para consumo da família e para vender no município e na região. Precisamos incentivar o consume de peixe como um hábito saudável”, propõe Dresch.
Potencial
O Brasil detém somente 1% da produção mundial de pescado, apesar de possuir 14% da água doce do mundo. O país tem potencial para aumentar a produção. O objetivo do governo federal é dobrar a produção em dois anos e passar de um consumo médio de 9 kg per capita para 18 kg per capita/ano.
Dados do Ministério da Pesca mostram que a produção de peixes nas pequenas propriedades rurais pode dar lucro de R$ 1 por quilograma.