“Saúde mental é uma das áreas mais negligenciadas na rede pública”

O deputado Fabiano da Luz chamou a atenção, nesta terça-feira (1º), no plenário da Alesc, para a saúde mental, tema da campanha lançada em setembro pela Organização Mundial da Saúde (OMS). “Quem assistiu o filme `Coringa`, viu que o diretor procurou fazer uma crítica e alertar para as pessoas que têm transtorno e estão no nosso meio e geralmente são desprezadas, escondidas, ou invisíveis”. O deputado disse que ficou estarrecido diante de alguns dados, como o baixo investimento dos países, de apenas 2% do orçamento para tratamento, em comparação com o elevado número de doentes.

Segundo ele, quase um bilhão de pessoas vivem com transtorno mental, três milhões morrem todos os anos devido ao uso nocivo do álcool e uma pessoa morre a cada 40 segundos por suicídio. “E agora, bilhões de pessoas em todo o mundo foram afetadas pela pandemia da Covid-19, que está causando um impacto adicional na saúde mental das pessoas.”

Apesar disso, afirmou o deputado, poucas pessoas em todo o mundo têm acesso a serviços de qualidade. “Em países de baixa e média renda, mais de 75% das pessoas com transtornos mentais, neurológicos e por uso de substâncias não recebem nenhum tipo tratamento para sua condição. Além disso, o estigma, a discriminação, a legislação punitiva e as violações dos direitos humanos ainda são comuns”, lamentou.

Fabiano disse que com a interrupção dos serviços na pandemia, os países estão encontrando maneiras inovadoras de fornecer cuidados de saúde mental e surgiram iniciativas para fortalecer o apoio psicossocial. “No entanto, devido à escala do problema, a maioria das necessidades permanece sem solução e sem resposta dificultada pelo subfinanciamento em promoção, prevenção e atenção por muitos anos antes da Covid-19”.

Juliana Wilke
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