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Saretta protocola PL que alerta sobre riscos do consumo de bebida alcoólica durante a gravidez
O deputado Neodi Saretta (PT) protocolou hoje (10) na Assembleia Legislativa projeto de lei que institui a campanha educativa à prevenção da Síndrome Alcoólica Fetal (SAF) no estado de Santa Catarina. Esta síndrome é caracterizada pelo retardo do crescimento, e alterações dos traços faciais, alterações globais do funcionamento intelectual, em especial no déficit de aprendizado, memória e atenção, além das dificuldades para resolução de problemas e socialização.
Saretta disse que ações desta natureza, de educação e prevenção para redução da incidência da SAF, já são uma realidade em alguns municípios brasileiros. “Em SC tomei como o projeto do vereador Alan Guliani, de Concórdia, que protocolou proposição instituindo campanha semelhante. Na noite de ontem o projeto foi aprovado em primeira votação”, informou.
O deputado utilizou a base da justificativa do PL para estendê-lo a todo o estado de SC. “Na justificativa do projeto originário apresentamos importantes informações. Estudos apontam que 55% das mulheres adultas grávidas consomem bebidas alcoólicas, dentre as quais, 6% são classificadas como alcoolistas”, disse.
Segundo Saretta, esta experiência exitosa para a redução da SAF aos poucos começa a chamar a atenção de entidades e associações civis, como é o caso da Associação de Obstetrícia e Ginecologia de SP (Sogesp) e a Sociedade Brasileira de Pediatria que, em parceria com o Instituto Saúde Brasil, lançaram a campanha sobre os riscos do consumo de bebida alcoólica durante a gravidez.
Conforme publicado no site da Sogesp, a cada mil bebês que nascem no mundo um a três iniciam a vida afetados pela SAF. No Brasil não há dados oficiais, mas levantamentos localizados, como do Hospital Geral Vila Nova Cachoeirinha, da zona norte da capital paulista, estudo com duas mil futuras mães, revelou que 33% beberam durante a gestação e 22% consumiram álcool até o dia de dar a luz.
“Neste contexto, considerando que o consumo de bebidas durante a gravidez pode trazer sérios riscos à formação do feto e graves consequências à saúde do recém-nascido é que propomos promover a política pública de educação e prevenção à SAF”, afirmou o deputado.
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