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Saretta alerta para crescimento significativo da Aids e sífilis em SC
O deputado Neodi Saretta (PT) alertou na manhã desta quinta-feira (26) para o aumento significativo de infecções por HIV e sífilis em Santa Catarina. O Estado é o terceiro com maior índice de mortalidade por Aids no Brasil. Neste ano, até o mês de outubro , 391 pessoas morreram em decorrência da doença no estado. De janeiro a outubro de 2015, 2.063 adultos foram diagnosticados com HIV/Aids no Estado, um aumento de 15% em relação ao registrado no ano anterior. E 12 cidades catarinenses possuem índice de infecção acima da média do país. Outra doença que está aumentando expressivamente no estado é a sífilis. De acordo com os dados da Secretaria de Saúde, os casos cresceram 30% em 2014, com relação a 2013.
Segundo Saretta, para conter o crescimento da Aids, Santa Catarina passou a integrar uma agenda interfederativa com o governo federal e municípios estratégicos, priorizando ações de prevenção e maior acesso ao diagnóstico . O estado está traçando um plano de enfrentamento à doença que tem como objetivo aumentar a taxa de detecção dos casos a partir das ações de vigilância e realização de testes. “Esperamos que estas ações sejam implementadas de forma firme e dentro deste parâmetro das ações com o governo federal para diminuir estes números que colocam o Estado neste ranking de mortalidade em função da doença”, disse. Santa Catarina foi o terceiro a assinar o pacto com o governo Federal, depois do Rio Grande do Sul e do Amazonas, que ocupam o primeiro e segundo lugar no ranking, respectivamente.
“Em 1º de dezembro é o Dia Mundial da Luta contra a Aids. Por isso trago ao plenário dados sobre a doença”, ressaltou. Saretta disse que a campanha pretende romper a barreira do desconhecimento e evitar que as pessoas fiquem doentes. “Para isso, em contato com a Diretoria de Vigilância Epidemiológica de Santa Catarina fomos informados da intensificação e distribuição de preservativos e de testes rápidos a todas as unidades de saúde”, frisou.
O deputado informou que a população mais afetada pela doença está na faixa etária de 25 a 44 anos e o aumento tem sido registrado principalmente nas populações mais vulneráveis. “O número de gestantes infectadas em Santa Catarina aumentou 13,3%, dado que nos preocupa bastante”, alertou. De acordo com o Boletim Epidemiológico HIV-Aids 2014 (ano base 2013), o Brasil registrou 39.501 novos casos da doença. Desses, 2.055 foram em Santa Catarina. Em relação ao número de óbitos, foram registradas 12.431 mortes no Brasil. Em Santa Catarina foram 575.
Outra doença que está aumentando significativamente no estado é a sífilis. De acordo com os dados da Secretaria de Saúde, os casos cresceram 30% em 2014, com relação a 2013. “O número de casos em homens é maior que em mulheres. Entretanto, um fato chama a atenção: apenas 30% das pessoas que fazem exames para sífilis são homens, mesmo eles respondendo por 70% dos exames com resultado positivo para a doença”, informou.
De acordo com Saretta, esta questão da maior resistência dos homens em procurar ajuda médica e de fazer exames preventivos já foi abordada por ele. “Por isso fizemos um projeto de lei tratando da saúde do homem. Tivemos a aprovação da Casa, mas infelizmente houve o veto do governo. Esperamos que nesta reta final de 2015, este veto venha a ser analisado e derrubado, porque é um projeto importante para a área da saúde em SC”, disse.
Juliana Wilke
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