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Preis requer audiência para debater práticas para reter águas da chuva e evitar inundações
FOTO: Solon Soares/Agência AL
O deputado Rodrigo Preis (PT) apresentou nesta quarta-feira (5), Dia Mundial do Meio Ambiente, na Comissão de Turismo e Meio Ambiente da Assembleia Legislativa, requerimento para a realização de audiência pública na região do Alto Vale do Itajaí para debater formas de prevenção das enchentes e mitigação dos desastres climáticos e ambientais na região e em Santa Catarina.
O deputado salientou que as enchentes ocorrem em todo o estado, especialmente nos municípios do Alto Vale, como Rio do Sul, Laurentino, Rio do Oeste, Agronômica, Lontras.
“Sempre se discute a questão sob o ponto de vista das barragens. Se constrói, se faz a sobre-elevação das barragens, mas o problema das inundações continua e cada vez mais vem se agravando.”
A proposta de Preis é debater e apresentar outras formas de reter as águas dentro das propriedades e evitar as inundações. “Nós agricultores podemos contribuir segurando as águas com métodos conservacionistas, matas ciliares, método SPDH (Sistema de Plantio Direto em Hortaliças), entre outros.”
Para isso, o deputado vai trazer especialistas para a audiência para discutir práticas que contribuem com este processo, deixando o solo com mais matéria orgânica e com mais raízes no solo para a água infiltrar.
Ele defendeu políticas públicas e investimentos não só em barragens, mas nas propriedades. “No município em que resido, Rio do Campo, temos 1 mil propriedades de agricultores. Se cada um conseguir segurar 0,5 hectare, ou 0,2 hectare de água no momento da chuva, olha a quantidade."
Segundo ele, o município de Santa Terezinha tem 3 mil propriedades, Taió, Salete e todos os municípios que estão acima de Rio do Sul têm potencial para reter as chuvas. “Queremos discutir políticas públicas para que o agricultor possa investir e esta água, inclusive, vai poder ser utilizada no período de estiagem.”
Cidades
O debate servirá também para as cidades onde as chuvas caem e no mesmo momento escorrem para os rios e para repensar a prática dos aterros.
“Vamos discutir como as cidades podem contribuir, sejam com telhados verdes, com cisternas.” Ele citou o exemplo das cidades esponjas na China.
Preis salientou a importância das barragens, uma vez que na região do Alto Vale está se discutindo a construção de mais três. Mas, segundo ele, é preciso estudar outras alternativas que não acarretam tantas desapropriações e impactos ambientais.
O requerimento da audiência pública foi aprovado na Comissão de Turismo e Meio Ambiente e a data provável para a sua realização será no dia 24 de junho, no município de Rio do Sul.
Juliana Wilke
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