Padre Pedro faz reflexão sobre preservação e preços dos alimentos
O deputado Padre Pedro Baldissera (PT) destacou que os dias 21 e 22 de março trazem importantes reflexões para o mundo, em especial para a utilização dos recursos naturais. O Dia Internacional das Florestas é comemorado nesta sexta-feira (21) e o Dia Mundial da Água no sábado (22). “Essas datas foram definidas pela Organização das Nações Unidas (ONU) para conscientizar a população sobre a importância da preservação dos recursos naturais. Em 2025, o tema é "Florestas e Alimentos.”
Padre Pedro ressaltou que estamos vivendo uma crise de alimentação no mundo e boa parte dos preços mais altos está ligada à questão ambiental, ao aquecimento global e às mudanças climáticas.
“Precisamos urgentemente reduzir o desmatamento e caminhar para o desmatamento zero, que é uma grande meta do nosso país. Devemos restaurar bacias hidrográficas importantes, lembrando que as florestas, além de ajudar no acúmulo de água, auxiliam na fertilidade do solo, fundamental para a agricultura que consome cerca de 70%”, ressaltou.
O deputado defendeu métodos de produção agropecuária mais sustentáveis que aliem solo, água e biodiversidade, de forma a termos segurança hídrica e alimentar, com preservação dos recursos naturais.
Segundo ele, floresta e água estão intimamente ligadas, pois elas permitem que as águas das chuvas consigam penetrar mais lentamente no solo e se infiltrem melhor alimentando o lençol freático, nascentes e rios, e também segurando o solo para evitar erosão e o assoreamento dos cursos d`água.
“Quando se perde floresta, também se perde água”, comentou destacando que o Brasil detém boa parte das florestas tropicais do mundo, a maior dela, a Amazônica e uma parte significativa da biodiversidade do planeta.
“Nos últimos dois anos reduzimos a devastação, mas com o desmatamento e as queimadas perdemos milhões de hectares, principalmente na Floresta Amazônica e no Cerrado.”
Preservar o que ainda resta
Para o parlamentar, a primeira coisa que devemos fazer é não perder as florestas que ainda temos. Outra medida é mapear os pontos mais importantes de infiltração da água para evitar o assoreamento e a sedimentação dos rios e protegê-los.
“Depois conectar os fragmentos do que sobrou para que tenham mais probabilidade de permanecer por muito tempo trocando genes, pólen, com as abelhas, os animais e as sementes das plantas circulando.”
Nas demais áreas, como as de produção agropecuária, Padre Pedro defendeu utilizar métodos mais sustentáveis, com menos agrotóxicos.
“As árvores também são importantes para este segmento. Os eventos climáticos extremos têm alterado a produtividade agrícola de diversas culturas, a oferta de alimentos fica restrita, o que eleva os preços para o consumidor. No caso de produtos como café e milho, as secas e as altas temperaturas têm dificultado o cultivo. A avicultura, por exemplo, é um dos setores mais afetados. O aumento no preço do milho, que serve como ração animal, reflete diretamente no preço dos ovos e da carne de frango.”
Nas cidades, disse o deputado, é preciso ter mais áreas verdes que sirvam para tornar o microclima mais adequado, “para que a gente possa lidar melhor tanto com o excesso quanto com a falta de água.”
Juliana Wilke
--
Assessoria Coletiva | Bancada do PT na Alesc | 48 3221 2824 bancadaptsc@gmail.com
Twitter: @PTnoparlamento | Facebook: PT no Parlamento