Novas ferrovias garantidas para Santa Catarina
Ministro dos Transportes confirma três trechos ferroviários para o estado
O ministro dos Transportes, Paulo Sérgio Passos, esclareceu a situação do projeto governamental de construção de ferrovias no país em audiência com deputados estaduais e federais nesta quarta-feira (14) em Brasília. Santa Catarina deve ser contemplada com três trechos ferroviários, dois no sentido norte-sul, passando pelo interior e pelo litoral, e o terceiro fazendo a ligação oeste-leste.
Passos afirmou que os estudos para definir os traçados estarão prontos até julho do ano que vem e até 2014 todos os trechos estarão em obras. Até o momento, em Santa Catarina haverá um trecho passando por Mafra, fazendo a ligação de São Paulo ao porto de Rio Grande. O segundo sairá de Panorama, interior de São Paulo, passando por Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Cascavel, no Paraná, passará pelo oeste catarinense e chegará ao porto de Rio Grande.
O terceiro trecho fará a ligação do oeste com o litoral catarinense até o porto de São Francisco do Sul, passando pelo planalto norte. Posteriormente deve haver a ligação do porto de São Francisco com o porto de Itajaí. A malha ferroviária será nova, com trilhos de bitola larga e maquinário moderno e rápido.
A audiência foi solicitada pelo Parlamento do Sul – PARLASUL –, entidade que tem focado o trabalho na criação de uma malha ferroviária para integrar a América do Sul. “Gostaríamos de aprofundar o conhecimento nos projetos ferroviários do governo e fazer o pleito de uma ligação ferroviária Oeste-Leste em Santa Catarina, que ainda não havia sido anunciada”, comenta o presidente do PARLASUL, deputado Silvio Dreveck (PP).
Vantagens
As linhas ferroviárias trarão avanços econômicos e sociais para os municípios catarinenses. Estima-se que as indústrias dos três estados do sul terão uma economia de mais de R$ 1 bilhão de reais com a malha ferroviária. “Entre outros benefícios, a implantação da rede ferroviária vai possibilitar que os insumos (milho, soja) cheguem com preço mais baixo. Com isso, os produtos finalizados ganham competitividade tanto para o mercado nacional quanto para nossas exportações.”, ressaltou Silvio Dreveck. Atualmente, por exemplo, uma saca de milho é comprada por R$16 no Mato Grosso e chega ao oeste catarinense por R$32. Um aumento de cem por cento com o custo do frete.
As ferrovias também possibilitam diminuição dos prazos de entrega para os produtores e o aumento da mobilidade. A utilização de trens diminui o consumo de combustíveis, além de possivelmente reduzir os acidentes rodoviários.