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Lunelli diz que atraso no saneamento é risco para SC
Deputado estadual acredita que sistemas alternativos e mais baratos podem ser solução para municípios pequenos
O deputado estadual Antídio Lunelli (MDB) fez uso da tribuna da Assembleia Legislativa e classificou como preocupante a baixa cobertura de esgoto em Santa Catarina. O Estado tem índices piores do que a média nacional.
Os números, levantados pelo Instituto Trata Brasil, mostram que 72,3% da população catarinense não têm acesso a saneamento.
No Brasil, o índice de pessoas sem tratamento de esgoto é de 44,20%. “Essa realidade é inaceitável. É vergonhosa. Não podemos aceitar”, disse o parlamentar.
Ex-prefeito de Jaraguá do Sul, município que tem 90% de cobertura de esgoto, Lunelli admitiu que esse tipo de obra gera incômodo, tem alto custo, não dá voto imediato, mas que é essencial. “Um gestor público precisa ter responsabilidade com o futuro e não com o voto da próxima eleição. Eu encaro essa questão do saneamento como um desafio coletivo que precisamos vencer”.
O deputado estadual ressaltou também a crise que o turismo enfrentou na última temporada com o problema da falta de balneabilidade em muitas praias do litoral catarinense. “Quem tinha alguma dúvida em relação à gravidade dessa questão deve ter caído em si no último verão”, apontou.
Lunelli fará parte da Frente Parlamentar do Saneamento Básico e promete um amplo debate em torno do tema, incluindo o levantamento de sugestões de rede coletoras alternativas, com custo mais baixo. Atualmente, uma das justificativas para a falta de saneamento em SC é a concentração de moradores em municípios pequenos. Cerca de 80% das cidades catarinenses têm menos de 25 mil habitantes, e a maioria deles vive na área rural.
