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04/12/2012 - 13h43min

Greve da Saúde: Relatório das visitas da Comissão de Saúde aos hospitais aponta a falta de pessoal

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Visita ao hospital Celso Ramos - Instituto de Cardiologia - Foto Mirian Arins

O deputado Volnei Morastoni (PT), presidente da Comissão de Saúde da Alesc, e o deputado Sargento Amauri Soares (PDT) protocolaram na manhã do dia 29 com o secretário de Estado da Casa Civil, Derly Massaud de Anunciação, o relatório elaborado após as visitas aos hospitais e ofício reiterando o pedido de audiência com o Governador Raimundo Colombo.
A Comissão visitou os hospitais Joana de Gusmão, Celso Ramos, Instituto de Cardiologia, Regional de São José e Maternidade Carmela Dutra e contatou que grande parte dos problemas ocorre há muitos anos. “O movimento grevista serviu apenas para evidenciar mais essa realidade”, argumenta Morastoni.
Nas visitas realizadas na última quarta-feira (28/11) ao Instituto de Cardiologia foram diagnosticados vários problemas como o fechamento da Emergência, que antes mesmo da greve estava funcionando com muitas dificuldades, e a falta de funcionários. O Centro Cirúrgico e unidade de UTI semi intensiva estão  fechados, dos 15 leitos, só 10 estão em funcionamento. Gente acomodada em cadeiras nos corredores, falta de equipamentos, falta de médicos especialistas, falta de leitos na UTI, carência no setor administrativo. Mas o maior problema apontado pela direção do hospital é a falta de técnicos de enfermagem e enfermeiros.
A direção do Instituto já solicitou à Secretaria Estadual de Saúde nove cardiologistas, seis anestesistas, 50 técnicos de enfermagem, 15 enfermeiros e 10 técnicos administrativos. Os funcionários contratados para o Regional poderiam ser cedidos através de hora-plantão, mas de acordo com o diretor Romuldo Leoni Tiezerin, não tem como montar uma escala contando apenas com servidores que farão hora-plantão. A direção é contra a extinção imediata da hora-plantão.
Já no Hospital Regional de São José a contratação de 500 novos funcionários amenizou o problema de falta de pessoal, mas ainda tem muitas dificuldades no período noturno. Também faltam médicos para algumas especialidades, como anestesista. Seria necessário contratar pelo menos mais 20 profissionais para atender a demanda. O Regional conta com sete sala cirúrgicas, mas só quatro funcionam desde antes da greve. Tem 12 leitos de UTI abertos e seis fechados, que precisam de equipamentos para funcionar.
A Maternidade Carmela Dutra conta com 103 leitos, mas 35 estão fechados. A maternidade está atendendo hoje com 30% da capacidade, antes da greve atendiam em torno de 70%. Faltam médicos obstetras e pediatras, e precisam ser contratadas pelo menos mais 30 enfermeiras. O Hospital atende 2500 pessoas por mês, realiza cerca de 400 partos por mês e oito cirurgias ginecológicas por dia. Têm pacientes há quatro anos esperando por uma cirurgia de reconstituição de mama.
No Carmela faltam materiais simples, como copos plásticos, fita adesiva, canetas e até assento para os vasos sanitários utilizados pelas funcionárias. A médica de plantão na neonatologia também fez um desabafo. Emocionada ela falou da falta de estrutura, espaço físico e locais adequados para descanso e até higiene pessoal das equipes de plantão (conforme fotos 40, 41 e 42). Ressaltou que o problema da saúde vem se agravando nos últimos 12 anos, mas nos últimos dois a situação ficou insustentável.
Nestas visitas, ficou clara a insatisfação dos funcionários, mesmo dos que não aderiram à greve. Eles se sentem abandonados pelo Governo do Estado. Estão fazendo um pedido de socorro. A greve apenas tornou público e mais evidentes os problemas graves que o setor vem enfrentado. Também se constatou que falta autonomia administrativa e financeira para a gestão dos hospitais administrados diretamente pelo Governo do Estado, que possibilitaria orçamento, planejamento e metas a serem atingidas, além de mais agilidade nas decisões e providências.

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