Fernando Krelling solicita e Alesc instaura Frente Parlamentar de Altas Habilidades ou Superdotação
O deputado Fernando Krelling (MDB) quer que a Assembleia Legislativa discuta como o Estado tem atuado na identificação e acompanhamento dos estudantes com altas habilidades ou superdotação. Para isso, Krelling fez um pedido de informação ao governo do Estado e propôs que o Parlamento Catarinense instaurasse a Frente Parlamentar de Altas Habilidades ou Superdotação. Até esta quinta-feira (18), outros 17 deputados aderiram ao pedido de Krelling e passaram a integrar a Frente.
Há alguns dias, o deputado da região de Joinville foi procurado pela Acaah (Associação Catarinense para Altas Habilidades ou Superdotação) que identificou dados divergentes entre o último censo do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) e do Estado, no que ser refere a quantidade de estudantes com altas habilidades ou superdotação.
De acordo com a entidade, a quantidade de estudantes com tais características identificados nas redes municipal, estadual e acadêmica de educação, público e privada, é bem menor do que prospecta a OMS (Organização Mundial da Saúde) 5%, e o Ministério da Educação, entre 10% e 15%. Dados da Secretaria do Estado da Educação apontam que Santa Catarina tinha 1.726.930 alunos matriculados, entre escolas públicas e privadas.
Deste número, apenas 2.245 estudantes com altas habilidades ou superdotação constam no censo escolar do ano passado. Além disso, o trabalho de acompanhamento especializado a estes alunos não estariam descentralizados por toda Santa Catarina. Quando se fala de alunos com alta habilidade ou superdotação, se considera, não apenas questões escolar ou acadêmica, mas também a produtivo-criativa.
Fernando Krelling explica que a Frente tem por objetivo promover a implementação de políticas públicas e potencializar o desenvolvimento das habilidades das pessoas. “A Frente Parlamentar é um reconhecimento oficial da importância de identificar, apoiar e valorizar os alunos. É preciso que o Estado dê todas as condições necessárias para otimizar ainda mais o ensino e aprendizagem dos estudantes com alta habilidades ou superdotação. Por isso, queremos ver como o Estado está tutelando esta parcela de nossa população”, disse o deputado, que complementa: “com a criação da Frente, vamos discutir as necessidades dos alunos, instituição de ensino e do governo para que mais alunos com este importante potencial sejam identificados e assistidos.”
A recém-criada Frente deve se reunir para discutir a questão em agosto, quando os deputados retornam do recesso parlamentar. “O coletivo poderá influenciar a criação e a implementação de políticas públicas direcionadas ao atendimento das necessidades específicas de alunos superdotados. Isso pode incluir o desenvolvimento de programas educacionais diferenciados, formação de professores e a criação de espaços dedicados ao desenvolvimento dessas habilidades”, finalizou Fenando Krelling.
Texto: Windson Prado