Fabiano sugere Mapa Estadual da Adoção para respaldar políticas públicas
O deputado Fabiano da Luz (PT) sugeriu nesta terça-feira (24), na sessão plenária da Assembleia Legislativa (Alesc), que o governo do Estado apresente o "Mapa Estadual da Adoção", com dados atualizados que possam basear o planejamento nos municípios. “O objetivo é acompanhar como estão sendo atendidos os abrigos catarinenses em época de pandemia, como é o cuidado com os trabalhadores, quais iniciativas em forma de políticas públicas estão sendo realizadas e quais poderiam ser efetivadas, em parceria com os conselhos comunitários e os grupos que lidam com esta pauta.”
Segundo ele, no mês em que se comemora a Consciência Negra, ainda é alta a taxa de crianças que aguardam por uma família. “As crianças negras a espera de um lar correspondem a praticamente metade das mais de cinco mil aptas, revelam os dados do Conselho Nacional de Adoção.” O deputado disse que o levantamento apresenta o nível da desigualdade social, pois todo o tipo de preconceito já inicia ali. Conforme o estudo, 21% dos meninos e meninas não são adotados por possuírem problemas de saúde ou algum tipo de deficiência.
De acordo com o documento, o número de interessados é sete vezes superior ao número de órfãos, porém, o perfil procurado é de recém-nascidos brancos e saudáveis, distante da realidade encontrada nos abrigos. “Outra dificuldade da Justiça está em encaixar perfis com idade acima dos três anos, do sexo masculino e crianças que possuem irmãos.”
Para Fabiano, para sensibilizar a sociedade quanto à importância da adoção, é preciso estimular a preferência por crianças e adolescentes excluídos dos perfis idealizados pelos pais. “Precisamos mudar essa consciência e as políticas públicas podem disseminar campanhas que sensibilizem a população. A adoção é um ato de amor, um ato de vida e precisa ser lembrada e atendida pelos representantes catarinenses. Principalmente para que as instituições não fiquem sozinhas neste trabalho.”
Fabiano também ressaltou que há 4.533 instituições de acolhimento no Brasil e que muitas estão fechando as portas, ou já fecharam, por conta da crise econômica e social potencializada pela pandemia da Covid-19.
Juliana Wilke
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