Dresch defende ações concretas para que fumicultores possam deixar a atividade
“Reprimir o agricultor que produz fumo não resolve, é preciso abrir novas oportunidades.” Essa foi a posição manifestada pelo deputado Dirceu Dresch, líder do PT na Assembleia Legislativa de Santa Catarina, no seminário “Desafios Nacionais na Diversificação das Áreas Cultivadas com Tabaco”, realizado ontem (10), em Brasília. O debate foi promovido pela Comissão Nacional para Implementação da Convenção-Quadro para o Controle do Tabaco e era restrito a convidados.
O deputado defendeu que os fumicultores diversifiquem a produção e passem a produzir alimentos ou outras culturas para que, aos poucos, deixem a atividade ligada ao tabaco. “Mas para isso são necessárias políticas públicas mais concretas, eficientes, que garantam perspectivas de renda e de futuro, de modo que os agricultores familiares façam a conversão das propriedades rurais, optando pela diversificação da produção”, frisou Dresch. Ele também pontuou a necessidade de pesquisa e assistência técnica e disse que os fumicultores estão hoje nas mãos das fumageiras que incentivam a monocultura do fumo.
Novos mercados
Programas federais e políticas públicas como o Programa Aquisição de Alimentos e a lei que obriga a compra de alimentos da agricultura familiar para a alimentação escolar estão motivando muitos fumicultores a migrarem para a produção de alimentos. Na opinião de Dresch, essas medidas estão mudando a realidade do campo porque abrem para o agricultor familiar o mercado institucional e fomentam a produção de alimentos. Muitos agricultores deixaram o fumo para produzir leite ou verduras e legumes que são comprados para alimentar os alunos da rede escolar. Outro mercado com grande potencial é a produção de alimentos livres de agrotóxicos que possuem maior valor agregado. O governo federal paga 30% a mais por alimentos orgânicos.
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Deputado Dirceu Dresch
Líder do PT na Assembleia Legislativa
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