23/04/2009 - 11h04min
Dos Gabinetes - Soares critica terceirização do sistema prisional em Joinville
O deputado Sargento Amauri Soares (PDT) repercutiu a notícia publicada no jornal “A Notícia” sobre o assassinato de funcionário do Centro de Internação Provisória (CIP) de Joinville, que abriga menores e adolescentes infratores, e falou sobre a terceirização do sistema prisional catarinense. Assassinado por volta de 22h deste sábado (18), quando estava sozinho, Luciano Carlos Oliveira, de 43 anos, trabalhava há três meses na instituição contratado pela ONG Opção de Vida, que recebe R$ 1.800 do Estado por jovem internado e é responsável pela reeducação dos menores. “Agora, até ONG presta serviço de segurança pública no estado de Santa Catarina”, lamentou o deputado. O discurso foi feito na tarde de quarta-feira (22), em plenário.
“Se as falhas foram cometidas pela ONG é preciso pensar antes as falhas cometidas pelo Estado, porque é sua obrigação fazer segurança pública através da contratação e treinamento de servidores públicos”, explicou. O sistema prisional de Joinville ainda apresenta instituições privadas – criticadas pelo deputado. Ele ainda lembrou o caso de assassinato de um soldado da PM, no segundo semestre, que estava sozinho em uma escolta, acompanhando apenas por um motorista de empresa privada, “quando a legislação diz que tem que ser dois policiais para se realizar uma escolta”.
Para o deputado, esse tipo de situação vai continuar acontecendo porque a lógica do Estado é precarizar os serviços públicos e entregar as responsabilidades do Estado para grupos privados. “Inclusive a diretora do CIP é esposa do presidente da ONG”, afirmou depois de pedir providências das autoridades.
Alexandre Brandão
Assessor de imprensa
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