12/05/2009 - 14h58min
Dos Gabinetes – Deputado Comin interliga Aflorem com Secretaria da Saúde
A Associação de Apoio aos Portadores de Esclerose Múltipla da Grande Florianópolis (Aflorem) realizou, na sexta-feira (12), uma reunião no Plenarinho Paulo Stuart Wright, da Assembleia Legislativa, para analisar os encaminhamentos que vêm sendo dados pela entidade. A reunião contou com a participação da neurologista do Hospital de Caridade e especialista em esclerose múltipla, Suzana Nunes Machado, e do deputado Valmir Comin (PP), autor da Lei nº 14.563/2008, que declarou de utilidade pública a Aflorem, entidade cujos objetivos são promover a compreensão da doença, apoiar e auxiliar os doentes e seus familiares, além de estimular assistência médica, social, psicológica, fisioterapêutica e legal aos seus associados.
Descobertas recentes indicam que os axônios sofrem dano irreversível em consequência do processo inflamatório, o que contribui para uma deficiência neurológica e, a longo prazo, para a invalidez. Os pontos onde se perde mielina (placas ou lesões) surgem como zonas endurecidas (tipo cicatrizes) que aparecem em diferentes momentos e zonas do cérebro e da medula espinhal.
Literalmente, esclerose múltipla significa “episódios que se repetem várias vezes”. Até certo ponto, a maioria dos pacientes se recupera clinicamente dos ataques individuais de desmielinização, produzindo-se o curso clássico da doença, ou seja, surtos e remissões. Os dados obtidos em pesquisas realizadas e atualmente disponíveis podem oferecer apoio para o diagnóstico clínico e laboratorial, mas ainda são insuficientes para definir de imediato se a pessoa é ou não portadora de esclerose múltipla, uma vez que os sintomas se assemelham a outros tipos de doenças neurológicas.
Diagnóstico difícil
E foi justamente a dificuldade de diagnosticar a doença um dos pontos levantados pela neurologista Suzana. “Apesar de Florianópolis poder ser considerada um centro de referência no tratamento e pesquisa de esclerose múltipla ainda é preciso um protocolo diagnostical que inclui cerca de 40 procedimentos, o que dificulta e muito um diagnóstico preciso, principalmente para quem reside em cidades distantes e não tem acesso a exames de alta tecnologia, como a ressonância magnética”, avaliou a neurologista.
O acesso a esses exames, como também aos medicamentos de última geração, foi levantado por alguns pacientes presentes, que criticaram a falta de conhecimento sobre a doença e, consequentemente, os empecilhos para o acesso ao tratamento. O deputado Comin se prontificou a fazer o papel de elo entre a Aflorem e a Secretaria de Estado da Saúde na tentativa de viabilizar com mais eficiência a concessão da medicação e o acesso aos exames. O deputado também manifestou o desejo de, através de subvenção social, oferecer recursos para que a Aflorem tenha condições de oferecer ajuda aos que, em estado mais adiantado da doença, precisam de equipamentos como cadeiras de rodas e outros.
Segundo Comin, “a criação da Aflorem foi decisiva para produzir mecanismos eficazes de ajuda às pessoas acometidas pela esclerose múltipla”. O deputado também sugeriu que o Parlamento garanta, através de lei, o amparo necessário aos portadores da doença através de uma política de conscientização sobre a esclerose múltipla.
Assessoria Parlamentar
Deputado Valmir Comin
(48) 3221-02677
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