Deputado Volnei Morastoni defende ajuda compartilhada no custeio do Hospital Pequeno Anjo
Com déficit mensal de R$ 600 mil, o Hospital Pequeno Anjo, referência na pediatria na região de Itajaí, está em crise. Diante desse cenário, o deputado Volnei Morastoni (PT), presidente da Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa de Santa Catarina (Alesc), se reuniu na ´sexta-feira (1º) com o reitor da Universidade do Vale do Itajaí (Univali), Mário Cesar dos Santos, e com a diretora do hospital, Atella Provesi, para mediar uma solução.
A realidade do Pequeno Anjo não difere da maior parte dos hospitais catarinenses em que a principal porta de entrada é pelo Sistema Único de Saúde - SUS. O deputado Volnei Morastoni relatou que durante os dois últimos anos, mais de 20 audiências públicas foram realizadas no Estado, a fim de fazer um Raio-X da saúde, e o principal problema identificado foi o custeio dos hospitais. “O Governo do Estado não pode se omitir. Ele precisar ajudar no custeio dos hospitais”, defendeu Volnei, e propôs ainda que "a solução para o bom funcionamento do Hospital Pequeno Anjo pode ser compartilhada pela Univali, município de Itajaí, AMFRI, Estado e Ministério da Saúde".
Segundo Mário César, a Univali já acumula prejuízo de R$ 37 milhões desde que assumiu o hospital em 2002. O reitor defendeu a importância do Hospital, referência em pediatria para 11 municípios da região, e por ter papel fundamental para a formação de novos médicos pediatras, por meio da residência.
Morastoni comprometeu-se também em apresentar esse cenário do Hospital Pequeno Anjo ao Ministro da Saúde, Alexandre Padilha. Para o parlamentar, há carência de pediatras no país e a manutenção de um hospital vocacionado na área é estratégico para o Governo Federal.
Defesa por mais recurso para a saúde
O deputado Volnei Morastoni está à frente, no Estado, do Movimento Nacional em Defesa da Saúde Pública (Saúde+10), que tem como objetivo coletar assinaturas para um Projeto de Lei de Iniciativa Popular que assegure o repasse de 10% da receita bruta da União à saúde pública. O movimento precisa coletar no país 1,5 milhão de assinatura para encaminhar à Câmara Federal o projeto.
No Estado, o primeiro balanço da coleta de assinaturas acontecerá no dia 5 de março, a partir das 10h, no Plenarinho Deputado Paulo Stuart Wright no parlamento. O evento, organizado pela Comissão de Saúde da Alesc, será para avaliar os resultados já obtidos, além de discutir novas estratégias para intensificar, ainda mais, a coleta de assinaturas.
No dia 10 de abril, na semana de comemoração ao dia (07) mundial da saúde, acontecerá o ato nacional em defesa da saúde pública, onde as entidades envolvidas pretendem entregar ao Congresso Nacional o Projeto de Lei de Iniciativa Popular, com as assinaturas coletadas.