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Deputado Reno fala sobre a polêmica questão da demarcação de terras no Morro dos Cavalos
A presença de famílias indígenas e moradores do Morro dos Cavalos e da região de Maciambu na Assembleia Legislativa reascendeu a polêmica questão da demarcação de terras que, segundo o deputado Reno Caramori (PP), já se arrasta por mais de 20 anos em Santa Catarina, sem uma solução satisfatória. Sem sair na defesa de agricultores ou de indígenas, Reno responsabiliza a Funai - Fundação Nacional do Índio pelas indefinições e pela continuidade do problema. “A Funai justifica sua inoperância tapando o sol com a peneira. Essas questões já foram amplamente discutidas nesse parlamento, principalmente durante os governos de Vilson Kleinubing e Esperidião Amin”. De acordo com o parlamentar, a Funai é inoperante e desconhece a realidade das diversas regiões do Estado.
Em pronunciamento, Reno descreveu a situação de produtores rurais que são expulsos de suas terras devido às demarcações, perdendo de uma hora para outra todo o patrimônio da família. “Tiram a terra e em muitos casos tiram a vida do proprietário, por morte do coração, pelo sentimento de não poder ficar lá dando continuidade à tradição da família, com 50, 60 até com 100 anos em cima da terra”, lamenta o parlamentar.
O deputado também inocentou os índios na questão, dizendo que são pessoas que vivem em harmonia e que respeitam o direito à propriedade.
Na região do Morro dos Cavalos a questão tem mais um agravante, que é impossibilitar a continuidade das obras de duplicação da BR-101.
Em resposta às reivindicações dos indígenas, os parlamentares criaram uma subcomissão para análise da questão e prometeram recorrer ao Ministério da Justiça, que é a quem a Funai se reporta.
“Quem é a Funai? Eu gostaria que o governo federal, que é o grande responsável, dissesse que entidade é essa Funai, pois lá, ninguém manda e ninguém obedece” concluiu.
