Deputado Fabiano se manifesta contra privatização da Eletrobras
Líder da Bancada do PT na Assembleia, o deputado Fabiano da Luz manifestou apoio ao movimento que pede a imediata interrupção da tramitação da Medida Provisória de privatização da Eletrobras, que deve ser votada pelo Senado nesta quinta-feira (17). "A população já amarga os efeitos da pandemia e o consumidor final não pode sofrer ainda mais aumentos nas contas de luz", declarou o parlamentar. O texto original da MP e o PL substitutivo, aprovado na Câmara, vão gerar um tarifaço na conta de luz.
Os trabalhadores e trabalhadoras do Sistema Eletrobras estão em greve desde terça-feira (15). Em contato com o secretário da Intersul (Intersindical dos Eletricitários do Sul do Brasil), Wanderlei Lenartowicz, o deputado está acompanhando a mobilização e articulação em Santa Catarina. "Todos os serviços essenciais para manutenção do fornecimento de energia e proteção à vida da população estão sendo mantidos de acordo com orientações do comando de greve", contou o secretário.
Congresso não discutiu
"O Congresso não discutiu democraticamente a Medida Provisória. A sociedade e os trabalhadores da Eletrobras têm o direito de fazer parte desse debate através de audiências públicas e também da Comissão Mista de senadores e deputados", segundo o deputado Fabiano.
Se aprovada a MP, ações da empresa serão vendidas no mercado e a União perderá o controle acionário. "E nós não podemos aceitar a venda do controle da Eletrobras, que hoje responde por cerca de 30% da geração de energia no Brasil. Não vamos compactuar com essa ameaça à soberania do nosso país."
A Eletrobras é um dos maiores tesouros do país e o patrimônio deve ser preservado, assim como o povo deve ser respeitado, defendeu o deputado Fabiano.
Lideranças empresariais de Santa Catarina também manifestaram preocupação com o projeto de privatização da Eletrobras. A Federação das Indústrias do Estado declarou a veículos de imprensa que a sociedade não suporta mais alta no custo da energia e que a expectativa é de que o projeto seja alterado.
O Sindicato dos Trabalhadores nas Empresas de Energia da Grande Florianópolis (Sinergia) também disse que a aprovação da MP poderá resultar no fechamento da sede da Eletrosul em Florianópolis. "Para onde vão os trabalhadores?", questionou o parlamentar.
Neste cenário nacional, a Intercel (Intersindical dos Eletricitários de Santa Catarina) também está preocupada com a manutenção da Celesc pública. "Nós fomos procurados pelas lideranças sindicais e realizamos uma conversa com o governador Moisés e as entidades. Felizmente, chegamos ao entendimento envolvendo os trabalhadores e o Estado de que a Celesc Pública é mais forte e eficiente. Diferentemente do governo federal, o nosso Estado não coloca em pauta a privatização desses serviços por reconhecer o trabalho realizado em Santa Catarina", enfatizou o deputado Fabiano.
"O nosso papel continuará em defesa da Celesc Pública tanto no debate com o governo do Estado quanto na Assembleia. Os celesquianos e todos os eletricitários têm o nosso apoio principalmente em tempos horríveis de ataques aos trabalhadores e às empresas públicas."
A MP tem até o dia 22 de junho para ser aprovada pelo Senado, caso contrário seus efeitos perdem validade.
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