Deputada Luciane questiona ausência de proposta de aumento salarial aos professores
Próximo do prazo de encerramento da negociação entre o governo do Estado e o Sindicato dos Trabalhadores em Educação (Sinte), em 4 de agosto, a deputada estadual Luciane Carminatti manifesta preocupação com os poucos avanços encaminhados nesses quase dois meses de trabalho. Segundo ela, até agora o governo não apresentou proposta de tabela salarial que atenda as expectativas dos trabalhadores da educação, conforme promessas assumidas ainda em 2011. “O governo de SC também está em dívida com o magistério catarinense, pois não repassou o reajuste salarial de 13,01% que deveria ter ocorrido em janeiro de 2015”, afirma.
Luciane explica que o único avanço resultante da mesa de negociação entre Sinte e governo foi na publicação do decreto que abona a falta dos trabalhadores grevistas e garante a progressão na carreira. “No entanto, o Sindicato continua à espera de uma tabela salarial justa, pois hoje infelizmente Santa Catarina está entre os estados com a pior remuneração aos professores”.
No dia 5 de agosto, o Sinte reunirá os profissionais da educação em Rio do Sul para nova assembleia estadual. Até lá, a deputada espera que o governo do Estado apresente o impacto financeiro da nova tabela salarial, os novos reenquadramentos, os prazos de implantação da nova tabela, e que traga, também, os demais pontos da carreira, como as gratificações e o reajuste efetivo de 2015, conforme reivindica o sindicato. “Nos últimos anos, mais de R$ 3 bilhões deixaram de ser repassados pelo governo de SC à educação. Com esse recurso, tranquilamente teríamos uma remuneração mais justa e adequada”, avalia a deputada.
Eleição de diretores
Autora do projeto de lei que garante gestão democrática, pedagógica e financeira das escolas e da escolha de diretores por voto, a deputada Luciane apresentou indicação para que o governo do Estado altere o Decreto Estadual 1.794/ 2013, que impede os trabalhadores grevistas de participarem do processo de seleção de diretores.
A parlamentar lamenta que profissionais que atuam há vários anos na rede pública, com qualificação acadêmica e pedagógica, estejam impedidos de atuar como gestores de escola, mesmo que a justificativa seja a participação nos movimentos reivindicatórios da categoria. “Então, um professor que fez a luta para melhorar a educação não pode ser diretor de escola? O governo deve assumir de uma vez que é contra a gestão democrática e fazer a sua escolha. Agora, se a democracia é importante, não pode haver escolhas indiretas. Isso não é democracia”, conclui.
Ester Koch da Veiga
Assessoria de Comunicação