Deputada Ana Paula conclama deputados a assinar CPI da Celesc
A deputada Ana Paula Lima (PT) utilizou hoje (14) a tribuna da Assembleia Legislativa para apelar aos demais deputados que assinem a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Centrais Elétricas de Santa Catarina (Celesc), proposta ontem. “Este Parlamento tem a função de zelar pelo patrimônio público. A Celesc é uma empresa estratégica para o desenvolvimento do nosso Estado. Defender a Celesc é defender o povo catarinense”, disse. Para a abertura da comissão, são necessárias no mínimo 14 assinaturas. Até o momento foram recebidas sete.
Durante seu pronunciamento, Ana Paula apresentou reportagem exibida pela TV RIC Record mostrando como servidores da Celesc se utilizaram da ocorrência de fenômenos para o desvio de verbas. Nessas situações, produtos e serviços eram contratados sem a necessidade de licitação. A administração central da Celesc autorizava a contratação e o pagamento de valores além dos efetivamente gastos. Por meio de notas fiscais frias, os montantes, além dos contratados e realizados, eram pagos. Os golpes foram realizados nas regiões de Florianópolis, Joinville, Criciúma e Rio do Sul.
“Temos que acabar com este desmanche da Celesc. Se nós do Parlamento catarinense não tivermos uma atitude - e é por isso que juramos e estamos aqui – estaremos sendo coniventes com os funcionários da diretoria que estão sucateando esta empresa e com os desvios de recurso”, afirmou a deputada.
Segundo ela, as denúncias são muito graves e há muito tempo já foram anunciadas na tribuna. “Estamos diante de um desvio de recursos de quase R$ 6 milhões, enquanto nosso povo sofre com apagões, quedas de energia e serviços mal feitos. Agora temos a oportunidade de apurar isso, de colocar a limpo as irregularidades e de sair em defesa da Celesc como patrimônio público”.
Conforme a reportagem da TV RIC, a auditoria da Celesc cobrou de cada uma das regionais o que efetivamente foi contratado. Em 2010, a Celesc pagou R$ 10,6 milhões para cobrir custos de reparos em decorrência de fenômenos climáticos. Deste montante, R$ 4,7 milhões são devidamente reconhecidos pelas regionais. Os outros R$ 5,9 milhões pagos pela administração central não são reconhecidos e constituem o valor supostamente desviado.
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