Bancada do MDB marca posição contra possível tributação de defensivos agrícolas
A bancada do MDB decidiu marcar posição contrária à possibilidade de aumento da tributação dos defensivos agrícolas. O assunto foi levado à tribuna pelo deputado Volnei Weber durante o horário destinado ao partido na sessão desta terça-feira (10). Ele classificou como “agressão à agricultura” catarinense a taxação de insumos, especialmente se isso não vigorar em estados vizinhos. “Vamos perder para a concorrência, ficar sem competitividade”, ele reforçou.
Em aparte, o deputado Moacir Sopelsa reforçou a posição do colega e disse que nem mesmo a passividade do governo diante de uma tomada de posição pelo Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) é aceitável. Disse que além de culturas como a do milho e soja, fundamentais para a agroindústria de processamento de carnes, também safras como as de cebola, banana, maçã e tomate terão grande impacto nos custos caso ocorra tributação dos defensivos.
O líder Luiz Fernando Vampiro foi provocado sobre a posição externada em plenário pelos dois deputados também ser a da bancada do MDB, e prontamente concordou, porque o assunto dominou boa parte das conversas da reunião dos emedebistas no encontro semanal das terças-feiras. O deputado Valdir Cobalchini também foi para os microfones de apartes para elogiar a iniciativa de Weber e a posição de Sopelsa. “Os dois foram didáticos para explicar porque não podemos aceitar mais tributação”, disse Cobalchini.
“O nosso produtor trabalha para garantir alimento na mesa de todos, não pode ter aumento de custos com impostos nos defensivos”, desabafou Volnei. Sopelsa disse que a bancada se esforça para demover o governador da possibilidade de permitir a taxação dos defensivos. Arriscou a projeção de um aumento de custo de produção da ordem de R$ 150 milhões somente para a cultura do milho plantado em Santa Catarina. “O governo vai ter que se posicionar”, cobrou o deputado.
Assessoria da Bancada do MDB