Audiência pública debate o uso indiscriminado de anabolizantes nas academias

A Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa de Santa Catarina promove um debate sobre o uso indevido de substâncias que estimulam ao anabolismo dentro das academias de ginástica. O deputado Volnei Morastoni (PT), presidente da Comissão, convida toda a comunidade para participar da audiência pública, principalmente jovens e profissionais das áreas da saúde. A audiência acontecerá no dia 18 de setembro, às 9h, no Plenarinho Deputado Paulo Stuart Wright, na Casa Legislativa, em Florianópolis.

O uso de anabolizantes é controlado em diversos países na tentativa de restringir o uso indiscriminado dessas substâncias potencialmente danosas. No Brasil, é necessária a prescrição médica em receituário controlado para a compra de derivados da testosterona. Entretanto, existe um comércio ilegal de venda desses medicamentos sem receituário médico e, em alguns casos, produtos que não são registrados no Brasil. Infelizmente, muitos esportistas fazem uso sem supervisão médica, pondo em risco a saúde e a vida, na tentativa de promover aumento de massa muscular e a melhora da imagem corporal.

“A prática de exercícios físicos é fundamental para uma vida saudável, assim como manter uma alimentação equilibrada. É preocupante a quantidade de jovens e atletas que utilizam anabolizantes para praticar esportes e melhorar o rendimento nas academias. É uma ilusão achar que estas substâncias estão colaborando com a saúde. Precisamos discutir este assunto com profissionais de Educação Física, nutricionistas, farmacêuticos, esportistas e médicos”, destaca o deputado Volnei Morastoni.

Quais os efeitos colaterais do uso de anabolizantes?
Os esteroides anabolizantes provocam uma série de efeitos colaterais no corpo. Em alguns casos, a substância pode sobrecarregar o coração. Se o usuário já tiver algum problema anterior e não souber, pode até ter uma parada cardíaca e morrer. Quando os esteroides são tomados pela via oral, outro órgão que fica comprometido é o fígado. O uso das substâncias pode levar à hepatite medicamentosa. Os rins também acabam sofrendo pela sobrecarga. Se for injetada, a substância pode gerar infecções nos músculos, o que pode dar origem a abcessos. Nos casos mais graves, a infecção pode cair na corrente sanguínea e se generalizar, levando a um quadro de sepse ou septicemia, que pode levar à morte.

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