Após pressão de deputados, governo de Santa Catarina recua e mantém escolas rurais
Em uma vitória para a educação do campo, o governo de Santa Catarina desistiu do plano inicial de fechar quatro Casas Familiares Rurais de ensino médio técnico e suspender matrículas nas demais unidades.
Atualmente, o Estado conta com 11 instituições que utilizam esse modelo educacional inovador, onde os alunos passam um período na escola em tempo integral e outro em casa, aplicando os conhecimentos adquiridos.
A decisão de manter as escolas foi resultado de intensa mobilização de parlamentares e de duas reuniões na terça-feira (04) com o governador Jorginho Mello e representantes da Secretaria de Educação. O deputado Fabiano da Luz (PT) foi enfático ao defender a importância dessas instituições:
"Se tem problemas em algumas escolas, a gente precisa mudar, mas nós temos que continuar sendo referência nesta área".
O parlamentar destacou ainda o papel fundamental das Casas Familiares Rurais para o desenvolvimento rural.
"Incentivamos para que as pequenas propriedades sejam produtivas. Por isso é importante manter esse jovem estudando numa prática que é a realidade que eles vivem na propriedade", explicou.
No encontro que definiu a manutenção das escolas, participaram além do deputado Fabiano da Luz, a deputada estadual Luciane Carminatti (PT), Volnei Weber (MDB) e Altair Silva (PP).
Os números de matriculados para 2025 nas escolas revelam a importância dessas instituições para os municípios, com destaque para Riqueza, com 32 alunos, Iporã, com 30 alunos, e Modelo, com 28 alunos. A maior parte das unidades fica no Oeste, mas também há na região Sul.
A decisão de manter as escolas representa um importante apoio à educação do campo e à formação técnica de jovens agricultores em Santa Catarina.