Ao exigirem algo em troca para salvar alguém, índios extorquem o governador
O deputado Sargento Lima (PL) classificou de “extorsão mediante grave ameaça” a posição dos índios do Alto Vale, que condicionaram a entrada dos técnicos para fechar as comportas da barragem de José Boiteux a concessões pelo governo do Estado. E criticou parte da imprensa que adotou a narrativa de que a Polícia Militar teria sido truculenta ao garantir a operação de fechamento.
“O governador Jorginho Mello foi extorquido. Se, para salvar alguém que pode perder a vida ou perder todo o patrimônio, é exigido algo em troca, é no mínimo mau caratismo, configura crime”, observou Sargento Lima. Ele citou que o fechamento das comportas amenizou a tragédia da enchente para um milhão de pessoas.
O parlamentar relatou que os índios impediram o fechamento das comportas, e, com a permissão federal, os técnicos entraram na barragem para realizar a operação. Houve conflito, e a PM foi chamada para garantir a segurança dos técnicos, disse. A imprensa, completa, falou em truculência da PM, mas a ação foi filmada. “Apresentem uma única prova de que houve truculência”, pediu Lima.
E sobre o auxílio aos índios, o deputado ressaltou que isso deve ocorrer, mas criticou o governo federal por não utilizar de forma correta os R$ 645 milhões orçados para a Funai. “Não é possível que, com todo esse dinheiro, o governo federal não consiga construir um campo de futebol, levantar uma igreja e manter um posto de saúde com remédio para vermes, que eram as exigências indígenas”, destacou Sargento Lima. O problema, completou, é que o governo do PT usa o dinheiro “como cabide de emprego para a companheirada em vez de usar os R$ 645 milhões em benefício dos índios”.