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Alesc debate agroecologia e políticas públicas
Mesa “Agroecologia na Casa Povo” reunirá parlamentares e representantes da sociedade civil de todo Brasil, dia 4 de julho
Diante de tragédias climáticas, como a ocorrida no Rio Grande do Sul, que já levam ao desabastecimento, como a agroecologia pode promover justiça climática e oferecer recursos para a implementação de um sistema de produção voltado para alimentar a população? Que soluções a agroecologia oferece para a agricultura familiar, povos indígenas, quilombolas e comunidades urbanas, tradicionalmente mais afetadas pelos eventos climáticos? Quais políticas públicas para a agroecologia já existem e no que ainda é necessário avançar? Estas são algumas das questões que serão debatidas no evento Agroecologia na Casa do Povo, dia 4 de julho, das 14h às 18h, no Auditório Antonieta de Barros, na Assembleia Legislativa, em Florianópolis.
O evento é organizado pelo Cepagro e pela Articulação Nacional de Agroecologia (ANA), em parceria com o Mandato Agroecológico do Deputado Marquito (Psol), e integra a programação da Plenária Nacional da ANA, que ocorre na capital catarinense, de 2 a 5 de julho. A plenária e a mesa na Alesc receberão representantes do movimento agroecológico de todo o país, especialmente do Sul e de Santa Catarina.
Segundo dados da Rede Penssan (Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar), divulgados em 2023, em torno de 33 milhões de pessoas vivem em insegurança alimentar e nutricional grave no Brasil. Em Santa Catarina, são 338 mil pessoas sem acesso aos nutrientes necessários. Segundo dados da Fundação Getúlio Vargas, Florianópolis, mesmo sendo considerada a capital mais rica do país, tem quase 57 mil famílias em algum nível de pobreza e fome.
A construção, implementação e controle social de políticas públicas ligadas à agroecologia, agricultura familiar e segurança alimentar e nutricional são fundamentais para o avanço de formas mais sustentáveis de produção e consumo de alimentos saudáveis no Brasil. Como prática agrícola, a agroecologia é uma alternativa às monoculturas focadas na produção de commodities, promovendo sistemas que se pautam pela biodiversidade, que absorvem melhor o impacto das mudanças climáticas e regeneram solos degradados. Além disso, ao produzir alimentos de verdade, promove a saúde da população, atualmente ameaçada pelo crescimento do consumo de alimentos ultraprocessados e com resíduos de agrotóxicos.
O evento “Agroecologia na Casa do Povo” é uma oportunidade de ampliar o debate público sobre experiências exitosas de incidência política em agroecologia, desafios e demandas atuais. Estarão presentes na mesa de debate representantes da agricultura familiar, de povos indígenas e comunidades quilombolas de Santa Catarina, de povos extrativistas da Amazônia e da agricultura urbana, além de parlamentares do campo agroecológico.
O evento é direcionado à sociedade civil, gestores/as públicos e lideranças de movimentos, coletivos e grupos de agroecologia. No encerramento, haverá uma ação de solidariedade ao Rio Grande do Sul, com a entrega de sementes e livros para colaborar na recuperação das comunidades atingidas pelas enchentes de maio deste ano.
A ANA reúne 23 redes estaduais e regionais, centenas de grupos, associações e organizações não governamentais em todo o País, além de 15 movimentos sociais de abrangência nacional, engajados em experiências concretas de promoção da agroecologia, de fortalecimento da produção familiar e construção de alternativas sustentáveis de desenvolvimento rural.
Desde maio, a ANA promove uma agenda agroecológica propositiva para o debate eleitoral 2024, cuja carta política será apresentada no evento. O documento reúne propostas de políticas públicas de apoio à agricultura familiar e à agroecologia e de promoção da segurança alimentar e nutricional, ao mesmo tempo em que oferece alternativas para as cidades se fortalecerem diante da emergência climática.
SERVIÇO:
O QUÊ: Mesa de debates Agroecologia na Casa do Povo
QUANDO: 4 de julho, 5a feira, das 14h às 18h
Participantes:
- Deputado Marcos José de Abreu - Marquito (Psol)
- Sarah Luiza Moreira, GT Mulheres Articulação Nacional de Agroecologia (ANA)
- Shirlen Vidal Martins, liderança da comunidade remanescente de quilombo Vidal Martins
- Cintia Aldaci da Cruz, liderança da Revolução dos Baldinhos, comunidade Chico Mendes
- Rita de Cássia Maraschin da Silva, presidente do Consea/SC e representante da FEetraf/SC
- Dione Nascimento Torquato, Conselho Nacional de Populações Extrativistas Laércio Meirelles, Rede Ecovida de Agroecologia
Anita Grando Martins
Assessora de imprensa e coordenadora de Comunicação do deputado Marquito (PSOL/SC)
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Assembleia Legislativa de Santa Catarina
