Incentivo ao esporte e vocação dos municípios
Um projeto de Marcius Machado em tramitação na Assembleia Legislativa prevê reconhecer São José do Cerrito como a Capital Catarinense das Casas Subterrâneas. A iniciativa foca na vocação turística local. A proposta, explica Marcius, decorre do fato de que entre os anos de 2008 e 2013, o Instituto Anchietano, ligado à Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos), realizou uma pesquisa e constatou que as casas subterrâneas no município de São José do Cerrito pertenciam aos antepassados dos índios Xokleng, popularmente conhecidos como Botocudos, que ficaram célebres por sua resistência quando a colônia de Blumenau foi instalada bem no meio do seu território. As casas são atribuídas ao povoamento Jê Meridional ou, mais especificamente, aos grupos Kaingang e Xokleng.
São chamadas subterrâneas porque, em vez de fazer as paredes para cima, os índios as faziam para baixo, ficando para fora só o telhado em forma de chapéu chinês. As habitações chegam a ter 20 metros de diâmetro e 6 metros de profundidade. Existe a ideia de construir um museu na cidade, com apresentações e obras que destaquem esse patrimônio.
O deputado tem ainda um projeto que prevê denominar Painel como Capital Catarinense do Pinhão. São Joaquim já é a Capital Catarinense dos Vinhos Finos de Altitude.
Quadras de grama sintética
A preocupação com o esporte e o lazer dos mais jovens da região serrana, com a implantação de quadras de grama sintética, é uma das ações do deputado Marcius Machado. Ele destaca que sua intenção é que todos os 18 municípios da região recebam, ao menos, um parque e uma quadra de grama sintética. “Já destinei recursos para 25 quadras, sendo que Palmeira, Ponte Alta, Painel e Lages já inauguraram quadras. Nesse último mês, também foram instalados parques infantis em escolas em quase todos os municípios, também provenientes de recursos de emendas impositivas.”
Em Lages, no Bairro Bela Vista, a quadra já está concluída e sendo mantida pela Associação de Moradores. No Bairro Universitário, o equipamento esportivo ainda está em construção, mas contará com uma cancha de bocha, para atender pessoas da terceira idade. O investimento é de R$ 200 mil, com contrapartida da prefeitura. No total, Lages contará com oito quadras sintéticas e duas de piso emborrachado em praças públicas, além de três em escolas públicas estaduais.
Para Marcius, o investimento nas quadras esportivas incentiva o esporte e a integração das pessoas. “A grama sintética foi uma escolha devido ao frio da região. Com grama normal não teria durabilidade. Com a grama sintética, pode-se jogar na chuva, sol, neve.”
Incentivo ao asfalto ecológico
Com dez anos de atuação no mercado, o Ecoponto localizado no bairro Guarujá, em Lages, transporta mensalmente 80 toneladas de pneus coletados na Serra catarinense para o município de Araucária (PR), onde são triturados para servir de combustível para caldeiras de empresas da região. O deputado Marcius Machado foi o autor da lei, sancionada pelo governo estadual, que regulamenta o uso de asfalto adicionado com borracha proveniente da reciclagem de pneus inservíveis na conservação das estradas do estado e vias municipais. Em visita ao Ecoponto, ele informou sobre a iniciativa de sua autoria.
“É uma lei que beneficiará a natureza, retirando do meio ambiente pneus velhos que poderiam servir para o mosquito da dengue, além de durarem 500 anos. Merece todos os elogios e serve de incentivo para mais coleta de pneus na região”, destacou o filho do proprietário do Ecoponto, Giulio Carlo Francesch.
Marcius explica que atualmente o Brasil adota a pavimentação com mistura composta de 95% de pedra britada e 5% de asfalto, o que acarreta em curto prazo de durabilidade e baixo desempenho desse tipo de asfalto, que costuma apresentar problemas como trincas e buracos. Isso acaba gerando novos gastos e comprometendo o fluxo de veículos.
A pavimentação ecológica é uma alternativa sustentável, com durabilidade alta e evita o recapeamento a cada três ou quatro anos, além de reduzir o impacto ambiental com a exploração das pedreiras. “O asfalto ecológico é considerado uma ótima alternativa, que concilia o desenvolvimento urbano com qualidade, durabilidade e segurança, em sintonia com a preservação da natureza, pois adiciona borracha triturada dos pneus na massa asfáltica.”
Para Marcius Machado “as vantagens desse tipo de asfalto são inúmeras. A durabilidade da vida útil é 40% a 50% maior que a do asfalto comum e tem maior aderência com o pneu dos veículos, o que resulta em redução da aquaplanagem e redução dos alagamentos decorrentes das enxurradas, já que possui maior permeabilidade entre a massa asfáltica e o solo.”