Uma vida dedicada a salvar vidas
Salvar vidas é um dos principais objetivos dos bombeiros e demais agentes de segurança pública. O deputado Coronel Mocellin (Republicanos), principal representante da categoria na Assembleia Legislativa de Santa Catarina (Alesc), tem como destaque os projetos de melhorias do serviço de salvamento aquático no estado, como o modelo atual de proteção de praias com guarda-vidas civis, e o projeto Golfinho, programa de atividades educativas em segurança de praias, rios e cachoeiras.
Com olhar orgulhoso e de respeito por ter integrado o Corpo de Bombeiros Militares de Santa Catarina por 36 anos, Onir Mocellin não deixa de visitar semanalmente alguma base ou quartel das corporações militares no estado, principalmente nas praias da região de Balneário Camboriú, onde atuou como comandante dos bombeiros militares do Litoral Norte por 16 anos, e depois como comandante-geral do Corpo de Bombeiros Militar de Santa Catarina por três anos.
“Atendi chamamento dos militares. A função do parlamentar muitas pessoas não entendem, mas a maioria dos parlamentares está lá representando algum segmento da sociedade, seja a saúde, educação ou a segurança pública, o que é o meu caso. Sou um representante dos integrantes da segurança pública catarinense e eles esperam de mim algumas entregas, melhores equipamentos, viaturas, melhor remuneração, condições de trabalho, entre outras demandas.”
Sobre os projetos que o destacaram no comando dos bombeiros militares, Mocellin lembra que até 1997 todo o serviço de guarda-vidas nas praias catarinenses era realizado exclusivamente pelos soldados, com média de um salva-vidas por quilômetro. “Quando assumi o comando do Litoral Norte, em Itajaí, fui conversar com o comandante-geral da época e pedi mais salva-vidas, mas não havia de onde tirar eles. Conversei com os prefeitos da região e sugeri que eles pagassem os salva-vidas e nós coordenaríamos o serviço. E assim foi até 2002, quando o governo do Estado começou a pagar uma ajuda de custo”, relembra. Com essa iniciativa, o número de salva-vidas no Litoral catarinense passou de pouco mais de 200 para 2 mil. “É um modelo de sucesso que está sendo adotado em outros estados e países.”
Já o projeto Golfinho, explica Mocellin, surgiu de uma visita ao Rio de Janeiro, onde há um projeto semelhante denominado Botinho. “Nestes 24 anos do projeto, foram formadas mais de 150 mil crianças, uma semente que estamos plantando sobre os cuidados que elas devem ter com o mar e rios. Por 15 anos estive à frente do projeto, dando treinamento, adquirindo apoios, camisetas e kits, agora o programa anda por conta própria e é um sucesso.”
O projeto Golfinho acontece durante o ano inteiro em cidades do interior do estado, e para prevenção em praias, durante a Operação Veraneio, geralmente entre dezembro e março. Por meio de brincadeiras e jogos coletivos, crianças de sete a 14 anos aprendem sobre os cuidados com o mar, piscinas, lagos e rios. Como, por exemplo, quais os locais mais adequados para tomar banho, o que significam as cores das bandeiras na beira da praia e como podem proceder em caso de algum incidente ou afogamento nas piscinas.