Revezamento da tocha olímpica passa por 21 cidades no estado
Cerca de 12 mil pessoas participam do revezamento da tocha Rio 2016 com a missão de conduzir a chama olímpica pelo país. A rota inclui mais de 300 cidades dos 26 estados e do Distrito Federal, envolvendo o Brasil todo no clima de celebração dos Jogos. O trajeto totaliza 20 mil quilômetros em terra e 10 mil milhas aéreas em trechos das regiões Norte e Centro-Oeste, entre Teresina e Campo Grande.
A jornada do fogo simbólico pelo território nacional tem duração de 95 dias. O percurso de revezamento começou em 3 de maio na capital federal, Brasília, e segue até 5 de agosto, no Rio de Janeiro, cidade-sede do evento. O destino final da viagem da chama pelo país é a cerimônia de abertura das Olimpíadas, no estádio do Maracanã. A mesma chama acesa num ritual em Olímpia, na Grécia, com o auxílio de um espelho parabólico que converge os raios do sol, será usada para o acendimento da pira olímpica, ato que marca o início oficial dos Jogos do Rio.
Santa Catarina recebe a chama olímpica na reta final do revezamento, durante o mês que antecede os Jogos. A primeira etapa da passagem pelo estado incluiu, no dia 3 de julho, as cidades de São Lourenço do Oeste,Concórdia e Chapecó.
O percurso em território catarinense é retomado em 9 de julho, sábado, após a visita do símbolo olímpico ao Rio Grande do Sul. Nesta data, o revezamento passa por Araranguá, Sombrio e Criciúma, na região Sul.
No dia 10 de julho, domingo, entram no roteiro as cidades de Tubarão, Laguna, Palhoça, São José e Florianópolis. O trajeto pela Capital do estado começa na cabeceira da Ponte Hercílio Luz, no Parque da Luz. Segue pela região central, e pelos bairros Agronômica, Itacorubi, Trindade, Pantanal e Santa Mônica. O encerramento está previsto para ocorrer no Trapiche da Beira-Mar Norte, onde será realizada uma celebração especial.
A chama olímpica parte na terça-feira, dia 12, para os municípios de Biguaçu, Balneário Camboriú, Itajaí, Ilhota, Gaspar e Blumenau. No dia seguinte, faz o último percurso em solo catarinense, na região Nordeste. O revezamento passa por Massaranduba, Jaraguá do Sul, São Francisco do Sul e Joinville. A chama pernoita na maior cidade do estado, depois de passar pelo Centreventos Cau Hansen, Museu da Bicicleta, Parque Porta do Mar e Mercado Público Municipal.
De acordo com a Secretaria de Estado de Turismo, Cultura e Esporte, a cidade de Brusque, que sediou os primeiros Jogos Abertos de Santa Catarina (Jasc), também recebe a chama olímpica, mas sem revezamento da tocha. Será realizado um evento simbólico na Arena Brusque, no dia 12 de julho, com o acendimento de uma tocha, semelhante ao ritual da cerimônia de abertura dos Jasc.
Na sequência, o comboio de veículos responsável pelo revezamento da tocha volta para a estrada em direção aos estados de Paraná, São Paulo e Rio de Janeiro. Na rota completa, o símbolo olímpico passa por cerca de 500 cidades, sendo que 300 recebem o revezamento propriamente dito e outras 200 assistem à passagem do comboio com a chama exposta.
O fogo original é vigiado o tempo inteiro por uma equipe de guardiões. A tarefa é ficar em volta das tochas e controlar as lanternas que levam o fogo para todos os lugares para garantir que a chama olímpica não se apague.
Segurança
Um esquema especial de segurança foi montado para a proteção do comboio principal que percorre o país e dos condutores durante o revezamento da tocha olímpica. A operação abrange a Força Nacional de Segurança, a Polícia Rodoviária Federal, a Polícia Militar, as Guardas Municipais e o Corpo de Bombeiros.
Em Santa Catarina, a PRF e a PM participam da operação com a atuação de 35 e 50 homens, respectivamente. Além disso, utilizam 2,8 mil câmeras para monitoramento.
Condutores
Os 12 mil condutores que participam do revezamento da tocha foram escolhidos entre milhares de indicados em campanhas diferentes, promovidas pelo Comitê Rio 2016 e pelos três patrocinadores oficiais do evento.
Entre os selecionados estão figuras consagradas do esporte, como atletas que disputaram outros Jogos Olímpicos, e anônimas, que colaboram, de alguma forma, a propagar na sociedade valores olímpicos como o respeito, a coragem, a amizade, a determinação, a igualdade e a excelência. São pessoas consideradas exemplos de inspiração ou superação, que têm em comum o fato de fazerem a diferença, seja no esporte ou em suas comunidades.
Acompanhe o trajeto completo do revezamento no site oficial dos Jogos Rio 2016
Cada condutor percorre cerca de 200 metros com a sua tocha, passando adiante a chama olímpica num clima de celebração. Todos eles recebem do Comitê Organizador dos Jogos um manual de procedimentos que devem ser adotados durante o revezamento e o uniforme oficial a ser usado na data definida. Os patrocinadores presenteiam os condutores com as tochas utilizadas. Conforme divulgado pelo Comitê Organizador Rio 2016, cada artefato custa R$ 1.985.
A chama e a tocha
A chama olímpica é um dos elementos centrais dos Jogos e representa a paz, a união e a amizade. Sua história remete à Grécia Antiga, há cerca de 3 mil anos. Assim como outros povos, os gregos consideravam o fogo um elemento divino. Por isso, mantinham chamas sempre acesas em frente a seus principais templos, como o santuário de Olímpia, que recebia as competições esportivas.
O fogo era aceso com o auxílio de uma “skaphia”, espécie de espelho côncavo que converge os raios do sol para um ponto específico. Tudo isso para assegurar a pureza da chama. Esse ritual continua sendo realizado até hoje, na Era Moderna, como forma de manter a tradição.
De 90 a 100 dias antes de cada edição dos Jogos (de Verão ou Inverno), a chama é acesa em uma solenidade nas ruínas do Templo de Hera, na cidade grega de Olímpia, com a recriação do cenário original e mulheres caracterizadas como sacerdotisas.
A chama passa, então, a ser conduzida por meio de tochas, em um revezamento que envolve milhares de pessoas e reúne uma multidão de espectadores, até a cidade-sede dos Jogos. Na rota, uma série de festividades anunciam a chegada do evento. O revezamento termina com o acendimento da pira olímpica na cerimônia de abertura. O fogo sagrado, tido como elemento purificador, sinaliza o começo dos Jogos e convoca o mundo a celebrá-los em paz.
A cada edição, a cidade escolhida para sediar os Jogos cria a sua própria tocha. O artefato ganha novos desenhos e formas, de acordo com a cultura do país-sede. A tocha Rio 2016 foi produzida com alumínio reciclado, resina e acabamento acetinado. Pesa entre 1kg e 1,5kg e mede 63,5cm de altura quando fechada, e 69cm quando aberta. Um dos principais atributos de inovação do objeto são os segmentos que se abrem. A novidade é no mecanismo de acendimento da chama, jamais presente em tochas olímpicas. Com design curvilíneo e suave, ela revela elementos da brasilidade nas cores e ícones: diversidade harmônica, energia contagiante e natureza exuberante.
Vídeo da Tocha Olímpica Rio 2016
- Produção do Comitê Organizador Rio 2016
- Roteiro, Direção e Pós-Produção: Equipe Audiovisual Rio 2016 - Clara Eyer, Lucas Freitas e Gabriela Cruz | Trilha Sonora: A vida do viajante (Hervê Cordovil / Luiz Gonzaga) - versão original de Luiz Antonio Gomes criada para o vídeo de lançamento da Tocha Olímpica Rio 2016.